Canedo, Mealhada, Águas Boas e Santo André em Vagos registam ainda ocorrências ativas a esta hora da madrugada. Incêndios que deflagraram ontem e que com o calor e o vento acabaram por deixar um rasto de destruição no centro e norte de Portugal.
Seis pessoas morreram em concelhos do interior, estradas estiveram cortadas, entre as quais vias estruturantes como a A1 entre a Mealhada e Oiã devido ao incêndio de Águas Boas e estradas nacionais como a EN235 e a EN109.
Em Oiã, as chamas atingiram algumas empresas. Famílias da região a deixarem gritos de desespero nas redes sociais e os bombeiros sem mãos a medir para todas as ocorrências.
Um fogo que começou em Quiaios chegou ao concelho de Mira e utentes do Centro de Reabilitação Rovisco Pais foram deslocalizados.
O Primeiro-Ministro, António Costa, declarou calamidade pública em todos os distritos a norte do Tejo, num dia em que houve 523 ocorrências de incêndios e seis pessoas morreram.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil dizia no último balanço de domingo, às 22h, que estava perante o "o pior dia do ano" quanto ao número de ocorrências. O alerta vermelho foi prolongado até às 20 horas desta segunda-feira.
A queda das temperaturas, que ontem chegaram aos 35 graus, e os primeiros pingos de chuva permitem uma melhoria das condições de combate aos incêndios.
Já esta manhã, às 7h20, havia registo de uma centena de fogos ativos e mais de 4 mil homens no terreno. Ontem as ocorrências atingiram tal proporção que o presidente da Câmara de Aveiro ativou o Plano Municipal de Emergência. A zona nascente do Município foi afetada por focos de incêndio em diferentes locais.
Vagos seguiu o mesmo caminho e diz que tem estado entregue à sua sorte. O autarca de Vagos, Silvério Regalado, responsável pela pasta da protecção civil na Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, explica que a preocupação é salvaguardar pessoas e bens mas adianta que momentos como os que estão a ser vivido exigem reflexão (com áudio).
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