A Região Centro é a segunda região portuguesa com melhor desempenho em termos de inovação, sendo apenas superada pela Área Metropolitana de Lisboa. Esta é uma das conclusões da 8.ª edição do Regional Innovation Scoreboard, um painel de avaliação da inovação regional, elaborado pela Comissão Europeia e disponível em: https://ec.europa.eu/growth/industry/innovation/facts-figures/regional_en
Segundo a edição de 2017 do estudo, a região Centro foi classificada como inovadora moderada, classificação idêntica à do País, e dentro desta categoria foi qualificada como inovadora moderada +. Das 85 regiões europeias inovadoras moderadas, o Centro encontra-se na oitava posição.
No ranking das 220 regiões europeias, o Centro ocupa a 121.ª posição, correspondendo o seu desempenho a 85% da média da União Europeia. A região mais inovadora na União Europeia é a de Estocolmo, na Suécia, seguida de Hovedstaden, na Dinamarca, e do Sudeste do Reino Unido.
Este estudo avalia o desempenho dos sistemas de inovação através de um indicador compósito que integra 18 indicadores agrupados em quatro categorias principais: condições-quadro (mede os principais impulsionadores do desempenho da inovação externos às empresas), investimentos (capta o investimento público e privado na investigação e na inovação), atividades de inovação (capta os esforços de inovação ao nível das empresas) e impactos (mede os efeitos das atividades de inovação das empresas).
A posição ocupada pela Região Centro revela o seu bom desempenho relativo em variáveis como a despesa das empresas em inovação que não de investigação e desenvolvimento, a proporção de pequenas e médias empresas (PME) com inovação de produto/processo ou as publicações científicas mais citadas. Por outro lado, evidencia também as fraquezas relativas da região em áreas como a despesa do setor privado em investigação e desenvolvimento, os pedidos de patentes ou a proporção de PME com cooperação para a inovação.
Para Ana Abrunhosa (na foto), presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), "estes dados mostram que a região Centro está no bom caminho, mas que é preciso continuar a apostar na investigação e na inovação. Continua a ser um desafio para a região aumentar o investimento privado em investigação e inovação, estimular mais parcerias entre empresas e universidades e, sobretudo, incentivar parcerias de inovação colaborativas entre empresas. É essencial capitalizar ainda mais a excelência da investigação que é feita na região. É também fundamental que a inovação tenha um maior impacto económico, que se traduza em vendas e exportação de produtos e serviços inovadores, na criação de empregos e em crescimento sustentável".
O Regional Innovation Scoreboard permite a comparação do desempenho em matéria de inovação das 220 regiões dos 22 estados-membros da União Europeia, classificando-as em quatro categorias: inovador líder (“innovation leader”), inovador forte (“strong innovation”), inovador moderado (“moderate innovator”) e inovador modesto (“modest innovator”).
Estes grupos de desempenho são ainda divididos em três subgrupos, de modo a permitir maior diversidade regional: as regiões posicionadas no terço superior (assinaladas com um “+”), no terço médio e no terço inferior (assinaladas com um “-“). As regiões mais inovadoras serão inovadoras líderes + e as menos inovadoras serão inovadoras modestas -.
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