O mentor do projeto do Cabeço do Santos afirma-se feliz pela forma como tem sido desenrolado este projeto de educação ambiental. Paulo Domingues, licenciado e doutorado em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações, é um dos mentores da recuperação ecológica do Cabeço Santo.
Em setembro de 2006 Paulo Domingues lançava à terra a primeira semente do Projeto Cabeço Santo que é hoje, provavelmente, um dos maiores trabalhos nacionais de recuperação e conservação da biodiversidade.
Apostado em devolver à mata do Cabeço Santo, em Águeda, a ancestral vegetação derrotada por eucaliptos e acácias, o antigo aluno e professor da Universidade de Aveiro (UA), licenciado e doutorado em Engenharia Electrónica e Telecomunicações, lançou à terra na última década milhares e milhares de carvalhos, sobreiros, murtas, medronheiros e salgueiros.
“Penso que veio muito da tomada de consciência, aí pelos meus vinte e poucos anos, do estado e do processo de degradação da paisagem que me rodeava, devido aos excessos e à falta de cuidado em torno da atividade da exploração florestal do eucalipto. Recebi bastante inspiração da Quercus, à qual aderi quase no seu início, mas na verdade quando aderi já essa questão me apoquentava. Em 1990 comecei a fazer trabalho de campo em terrenos de família, mas de uma forma bastante incipiente, pois não tinha experiência nem formação na área. Mas foi a semente".
Depois da passagem pelo mundo das empersas, Paulo Domingues dedicou-se em exclusivo à agricultura.
"Daí para a frente, quase posso dizer que, de ano para ano, esse trabalho não parou de aumentar. Por isso não tinha tempo para ter um trabalho ‘normal’ a tempo inteiro! Entretanto, começou também a germinar a ideia da quinta biológica. Tudo à volta da necessidade de praticar uma relação com a natureza mais harmoniosa e sustentável (do que ocorre com a agricultura convencional). Mas também esta ideia levou tempo a lançar raízes. De tal maneira que só este ano estou totalmente dedicado a ela”.
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