A candidatura de Fernando Caçoilo reage às críticas da oposição sobre a definição dos papeis de autarca e candidato e sobre a alegada instrumentalização da autarquia em campanha.
Revela que a recomendação da Comissão Nacional de Eleições para que o Presidente da Câmara de Ílhavo que se “abstenha” de proferir declarações que sejam entendidas como propaganda eleitoral suscetíveis de provocar uma confusão entre os papéis de Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo e de candidato” não têm a relevância que foi dada pelo PS.
"É uma exortação genérica sobre os deveres de neutralidade a que os autarcas estão obrigados, aliás completamente inócua e desnecessária mas típica desta altura do calendário eleitoral”.
E responde ao PS que censura é o que a CNE fez a Fernando Medina, presidente e candidato socialista à CM de Lisboa, a quem ordena a prática ou a abstenção da prática de algum ato irregular, “advertindo o visado que, se não respeitar essa ordem, pode incorrer na prática de um crime de desobediência e/ou em responsabilidade contraordenacional".
Afirma, ainda, que a alegada instrumentalização da Câmara Municipal pela candidatura do PSD a propósito das declarações sobre a requalificação do Complexo Desportivo da Gafanha não é um dado objetivo uma vez que o autarca falou para o canal do clube, sobre uma deliberação da Câmara Municipal de Ílhavo, tomada por unanimidade, com votos do PSD e do PS, e que o executivo, seja ele qual for, “tem assumida a obrigação de projetar e apoiar, no futuro, os melhoramentos das instalações do Complexo Desportivo”.
A viagem em carro da autarquia ao debate de candidatos, na Terra Nova, na passada quarta-feira, denunciada pelo PP, foi justificada com a participação na despedida de Fernandes Tomás, ex-administrador da AdRA, e que procurou poupar os cofres ada autarquia à troca de viatura.
“O Presidente Fernando Caçoilo devia, de facto, ter-se deslocado à Gafanha da Nazaré, na qualidade de candidato, no seu carro particular e ordenado ao motorista da Câmara Municipal que lá levasse o da autarquia para depois o transportar a Aveiro e trazer de volta até ao seu, aguardando mais de três de horas (pagas extraordinariamente) que a cerimónia terminasse. Preferiu poupar o Município a esse encargo, julgando proceder corretamente. Mas se isso incomoda a oposição, deixará de assim proceder doravante”.
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