Dados do INE sobre a atividade turística em maio colocam o Centro de Portugal como a região do pais que mais cresce em todo o país. A visita do Papa ajudou a marcar a diferença.
O Centro de Portugal voltou a ser a região de turismo do país que mais cresceu em maio deste ano, confirmando a tendência do mês anterior. O crescimento é notório em todos os indicadores, de acordo com o relatório mensal da atividade turística, publicado pelo INE.
A visita do Papa Francisco, por ocasião do Centenário das Aparições de Fátima, deu um forte impulso aos números e ajudou a colocar a região como líder do aumento da procura pelo país.
O destaque maior dos números do INE vai para o aumento das dormidas em hotelaria. Em maio, observaram-se aumentos das dormidas em quase todas as regiões do país, mas foi o Centro a liderar:.
Em relação a maio de 2016, verificaram-se nesta região mais 87 mil dormidas, de 428 mil para 515 mil, o que significa um crescimento de 20,3%. Seguem as regiões dos Açores (mais 20,1%), Alentejo (mais 18,5%) e Norte (mais 9,9%).
As dormidas de visitantes estrangeiros merecem um destaque especial, uma vez que subiram 32% (para 295 mil) em relação a maio de 2016. Já as dormidas de nacionais progrediram 7,6%, para 220 mil. Números que indicam que o Centro de Portugal é cada vez mais uma opção para os turistas que chegam de fora do país.
Tendo em conta os meses entre janeiro e maio, verifica-se que as dormidas no Centro aumentaram 15,3% (para 1,8 milhões), em relação ao mesmo período do ano passado. Um grande incremento, para o qual os estrangeiros deram o principal contributo, com mais 28,1% nestes cinco meses. Os residentes subiram 6,4%.
Outro número muito relevante é o de total de hóspedes. Em maio, este número cresceu 14,72% no Centro, para 296.388 – quase 300 mil hóspedes pernoitaram nos hotéis da região.
Importa também referir a clara evolução nas receitas provocadas pelo aumento da procura. Todas as regiões do país apresentaram aumentos nos proveitos, mas a maior evidência é no Centro: mais 27,4% nos proveitos totais, para 25,8 milhões de euros, e mais 35,1% nos proveitos de aposento.
A estada média baixou em maio em quase todo o país. O Centro destoou pela positiva, sendo a principal exceção: com uma estada média de 1,74 noites em maio, face a 1,66 noites do mesmo mês do ano passado, aumentou 4,9%.
Finalmente, o Centro destaca-se também no indicador do rendimento médio por quarto disponível, que cresceu 37,6%.
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