“Anadia – Capital do Espumante – Feira da Vinha e do Vinho” não é apenas espaço de lazer e a autarquia defende que se faz como aposta nos negócios. A posição foi assumida pela presidente da Câmara de Anadia na abertura do certame na presença de dois membros do Governo.
Os Secretários de Estado dos Assuntos Parlamentares e dos Assuntos Fiscais, Pedro Nuno Santos e Rocha Andrade, respetivamente, bem como representantes de várias entidades regionais e locais marcaram presença na abertura.
Teresa Cardoso deixou recados em várias direções e não perdeu a oportunidade de voltar a dossiês antigos como os das acessibilidades.
“Muito do que hoje aqui vemos é também o reflexo de um trabalho menos visível, mas não menos importante, que assenta em projetos e em ações que congregam diversas instituições para, de forma articulada, contribuírem para o crescimento e promoção do concelho de Anadia, da região da Bairrada, da zona Centro e do nosso país”, disse Teresa Cardoso.
Aproveitando a presença dos membros do Governo, Teresa Cardoso deu a conhecer algumas das preocupações do Município, nomeadamente a questão da taxa do IVA aplicado aos espumantes que acaba por “ser um entrave ao crescimento da produção deste nosso ex-libris”; o “tão desejado” acesso à autoestrada do Norte que tarda em aparecer e de “importância vital” para o concelho e concelhos limítrofes a norte (Águeda e Oliveira do Bairro) e que tem “afetado a mobilidade e condicionado o crescimento socioeconómico”; em termos rodoviários, referiu-se ainda às más condições e falta de segurança do troço do IC2/EN1 no concelho.
A presidente da Câmara aludiu também à permuta dos imóveis relativos às escolas de Anadia que foram desativadas aquando da abertura da nova Escola Básica e Secundária, cujo “processo tem vindo a arrastar-se”.
“Apresentámos uma contraproposta que julgamos viável e para a qual urge uma decisão célere, já que esses imóveis se encontram em significativo estado de abandono, vandalizados e os terrenos a mato”, anunciou.
Ainda no que respeita ao património do Estado no concelho, destacou “as deficientes condições de conservação das instalações da Estação Vitivinícola da Bairrada, em especial a antiga Casa do Diretor”, acrescentando que “é um conjunto patrimonial de extrema relevância, não só pelo valor do edificado, mas também pela história que lhe está associada, desde logo enquanto berço do Espumante português”.
A edil deu ainda conta da sua apreensão em relação ao reforço da descentralização, cujo desenlace do processo “aguardamos com algum interesse, e com grandes expectativas em relação ao pacote financeiro que, necessariamente, o deverá acompanhar”.
Sobre a reforma da Floresta que se aguarda, reconhece que, “enquanto poder local, poderemos ter uma capacidade interventiva mais eficiente”. “O Município de Anadia quer fazer mais e melhor, em articulação não só com aqueles que lhe estão mais próximos, mas também com todos aqueles com quem partilha responsabilidades, competências, interesses”, adiantou.
O Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, em representação do Primeiro Ministro, deu os parabéns a Anadia por se afirmar como Capital do Espumante, confessando “ser um privilégio” estar presente nesta Feira “tão consagrada da região”.
O evento decorre no Vale Santo, em Anadia, até ao próximo domingo, 2 de julho, com um programa de animação onde pontuam as atuações dos “Meninos da Sacristia” e Miguel Ângelo (Delfins), esta noite, HMB, na quarta, Mariza, a 29 de junho, Diogo Piçarra, no dia 30, e Daniela Mercury, no sábado, 1 de julho.
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