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06-06-2017

Ulisses Pereira sublinha importância de evocar-se a faina do bacalhau como preservação da memória coletiva.



O deputado do PSD Ulisses Pereira enalteceu esta terça-feira, na Assembleia da República, a indústria do bacalhau e a forma como se tem desenvolvido. O parlamentar falava, em representação do grupo parlamentar do partido, na sessão comemorativa da pesca do bacalhau, tendo defendido a espécie como uma “herança cultural”.

“O bacalhau é uma indústria que tem sabido inovar-se, aproveitar a tecnologia para se modernizar e criar valor acrescido. O setor tem dado passos firmes na exportação para novos mercados assegurando uma cadeia de valor não negligenciável” – enfatizou Ulisses Pereira, na sessão evocativa. Para o deputado aveirense, “o bacalhau, sendo uma espécie biológica, a que se tem de garantir sustentabilidade, sendo um alimento cartografado nos livros de culinária, é, para os portugueses, pela história que lhe está associada, uma herança cultural”.

A sessão desta tarde contou com a inauguração de exposição sobre a pesca do bacalhau, inaugurada pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, seguindo-se a projeção de documentário sobre a atividade da pesca do bacalhau. Contou, depois, com um painel sobre “As memórias das campanhas e da faina”, com intervenções de Álvaro Garrido, professor da Universidade de Coimbra e consultor do Museu Marítimo de Ílhavo, Valdemar Aveiro, capitão de navio bacalhoeiro, e Lino Robalo Chicharro, pescador.

Num segundo painel, foi debatida “A importância económica do bacalhau”, com intervenções de José Apolinário, secretário de Estado das Pescas, Ricardo Alves, presidente da Associação dos Industriais de Bacalhau, e Anders Erdal, embaixador da Noruega em Portugal. Seguiu-se a intervenção de representantes dos grupos parlamentares e o encerramento, por Joaquim Barreto, presidente da Comissão de Agricultura e Mar.

Ulisses Pereira fez uma dissertação sobre a história da pesca do bacalhau, que deu como “uma das mais marcantes epopeias marítimas, quer pela longevidade, cujas referências iniciais remontam ao século XV, quer pela perigosidade do enquadramento da faina bacalhoeira na natureza, quer ainda pela tradição cultural que resultou desta atividade económica”. “O 5 de junho parece a data apropriada para lembrar a faina do bacalhau e todos os que nela participaram, sublinhando com pesar os que lhe deram a vida. Fazemo-lo com a consciência de que este tema é central na sociedade portuguesa, ele identifica o nosso povo e é importante preservar na memória coletiva” – concluiu Ulisses Pereira.


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