Os trabalhadores da AveiroBus estão em greve devido ao “excesso” de horas de trabalho nas escalas diárias.
A amplitude de horários está nas 12 horas e os trabalhadores dizem que dessa forma trabalham mais do que as 8 horas diárias sem horas extraordinárias.
A administração da concessionária de transportes revela que o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) apresentou um aviso prévio de greve para o período compreendido entre as 6h00 e as 9h00 dos dias 8, 9, 18, 19, 25 e 26 de maio de 2017. Apela à compreensão dos utentes uma vez que “poder-se-ão verificar alterações nos serviços de transporte previstos”.
Os Partidos de Esquerda (PCP e BE) já se colocaram ao lado dos trabalhadores e o BE questiona o Governo uma vez que denuncia alterações nas escalas de serviço de forma a reduzir o impacto da greve. Questiona ainda a política de serviços mínimos.
“Esta interpretação da lei e esta pressão é inqualificável e inadmissível. Não se pode aceitar que num país em que está estabelecido legalmente o direito à greve, haja empresas que pensem que podem colocar esse direito em causa. Também é inadmissível e deve ser investigado, por violar a lei da greve, a prática da AveiroBus que colocou a trabalhar, em dia de greve, formadores e motoristas que pertencem a outras empresas do grupo Transdev, mas que não são trabalhadores da AveiroBus”.
Moisés Ferreira, deputado do BE, esteve esta manhã junto às instalações da Aveiro Bus numa ação de apoio à luta dos trabalhadores.
“Quem produz a legislação em Portugal é a Assembleia da República e não as empresas que vivem à custa de explorar de forma abusiva quem trabalha impondo regimes laborais claramente violadores da lei”.
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