O Bloco de Esquerda abre as portas para uma audição sobre os transportes públicos.
Depois de uma semana em que os dirigentes do Partido viajaram nos transportes concessionados para perceber quais as queixas e os sentimentos dos cidadãos de Aveiro, agora chega o momento para o debate.
As primeiras semanas ficam marcadas pela crítica dos utilizadores e o BE lembra que a concessão significa dinheiro público colocado numa empresa privada.
“A oferta de horários foi drasticamente reduzida. Existem agora menos carreiras disponíveis, prejudicando a mobilidade e fornecendo um serviço desajustado. O número de paragens foi reduzido, nomeadamente na zona das escolas em Aveiro obrigando os estudantes a deslocarem-se à chuva até às mesmas, agravando as condições de qualidade e de segurança”.
Quanto ao tarifário, aponta o caso da linha de Cacia como preocupante. “O aumento de preços, em especial na linha 2 (de Cacia) onde o passe aumenta de 27 para 38 euros é escandaloso tanto mais que a qualidade do serviço é deteriorada”.
Ao longo do processo de concessão o BE contestou a forma como foram geridos os “direitos laborais dos trabalhadores” na transferência para o concessionário e na reintegração na autarquia para os que não quiseram seguir no serviço Aveiro Bus.
“A empresa privada receberá dinheiro público. Um excelente negócio para a própria, um péssimo serviço para a população. Paga menos salário, presta um pior serviço”.
O BE propõe duas sessões de debate, esta sexta e sábado, às 16h, na sede concelhia, no Bairro do Liceu (Rua José Joaquim Lopes de Lima, 14).
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