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02-12-2004

José Cesário outorga “contratos - programa”


Vagos

Em Vagos, onde se deslocou duas vezes no curto espaço de um mês, o secretário de Estado da Administração Local deixou 614 mil euros...

Presente em Vagos, para outorgar o contrato-programa relativo à reconstrução do antigo Externato S. João, onde, a partir deste mês vão, passar a funcionar os novos Paços do Concelho, o secretário de Estado da Administração Local disse que o Governo tem hoje políticas definidas para a formação e modernização das autarquias.

José Cesário, que destacou a forma “apaixonada e entusiasta” como o autarca de Vagos está a desenvolver o projecto que tem para o seu município, considerou que o actual edifício camarário “já não se usa”, tendo acrescentado que a administração central tem obrigação de acompanhar as autarquias em geral, e em particular os autarcas com percurso definido.

“Este é um sinal de profundo reconhecimento do Governo”, disse, referindo-se ao contrato-programa, no valor de 374 mil euros.

Argumentado que o desenvolvimento se “mede ao segundo”, obrigando os autarcas e governantes a ter grande capacidade de planeamento estratégico, o Secretário de Estado da Administração Local admitiu, por outro lado, que se vivem hoje “momentos difíceis mas fascinantes”.

“O desafio é para toda a sociedade, incluindo os autarcas”, referiu, a propósito, sublinhando que a política não se faz para os políticos se “divertirem” com os seus próprios discursos. “A palavra só fará sentido se tiver por trás alguma realização”, argumentou José Cesário, para quem “os políticos têm de realizar”.

MARQUES MENDES “AUSENTE”

Antes de usar da palavra, o presidente da Câmara de Vagos deu conta das “batalhas” travadas com o Estado, para tornar possível a recuperação e beneficiação daquela infra-estrutura. Reconhecendo a disponibilidade e prontidão daquele membro do Governo, Rui Cruz anunciou que o novo edifício camarário vai funcionar conjugado com o projecto de modernização administrativa do Aveiro Digital.

Sem nunca se referir a Marques Mendes, que, como é sabido, “negociou” a venda do edifício à Câmara com a Direcção-Geral do Património, Rui Cruz denunciou ainda que Vagos é das autarquias que menos recursos tem na região do Litoral.

Talvez por isso, conforme reconheceu, a visita com regularidade a Vagos de qualquer governante é sempre bem-vinda, porque “traz sempre dinheiro e é sinal de investimento e desenvolvimento no concelho”. Um “sinal muito positivo”, para quem defende publicamente que o país está parado e em crise, sustentou o autarca vaguense.

Depois de uma visita breve à nova Câmara - que se encontra concluída e apenas aguarda a instalação do mobiliário de equipamento -, a comitiva, onde se integrava o governador civil, José Manuel Leão, e Castanheira Neves, em representação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC), esteve ainda na freguesia de Fonte de Angeão.

Aqui, na presença de Maria Helena Marques, presidente da Junta de Freguesia, foi assinado um protocolo de colaboração para obras de restauro da Igreja Paroquial e requalificação da zona envolvente, no valor de cerca de 240 mil euros.

Eduardo Jaques


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