Em comunicado, a direcção da União dos Sindicatos de Aveiro manifesta "total solidariedade" com os trabalhadores em greve, cuja luta considera "corajosa e justa nos objectivos que a sustentam" e fundamentada na "legítima defesa, no presente e no futuro, dos direitos, mas também na defesa dos utentes".

A União "vê com preocupação a alteração de fundo e estratégica que a Câmara Municipal de Aveiro pretende aplicar nos Transportes Urbanos através da criação de uma empresa municipal".

"O seguro morreu de velho exactamente porque tomou precauções e a vida ensinou-nos a duvidar e a tomar cautelas face a garantias de futuro, com promessas do presente", refere o comunicado.

A greve, que abrange as duas primeiras horas de jornada laboral e as horas extraordinárias e se prolonga até dia 10, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local(STAL), em protesto pela criação da empresa municipal de mobilidade, aprovada pelo executivo e pela Assembleia Municipal.

Esta empresa municipal irá fazer a gestão integrada da frota de autocarros, dos transportes fluviais, das bicicletas de utilização gratuita e do estacionamento urbano.

Para aquele sindicato, a empresa municipal de mobilidade é um meio destinado a privatizar os transportes urbanos de Aveiro, actualmente integrados nos Serviços Municipalizados.