A União Desportiva Cultural e Recreativa do Silveiro (UDCRS), uma associação jovem, mas, segundo o seu presidente, ”com maturidade suficiente para continuar na senda do progresso”, e com um património muito alargado e com várias vertentes em actividade, comemora, no próximo dia 8 de Dezembro, 18 anos de existência. Entretanto, a direcção pretende avançar, ainda sem data definida, com a construção de um dormitório para ser utilizado nos campos de férias e em intercâmbios. “AUMENTEMOS O NOSSO ECLETISMO” A associação atinge, este ano, a maior idade, o que significa esta data para os seus dirigentes? Todos os aniversários da associação têm sempre um significado especial. Para quem acalentou vários sonhos para a associação e os tem concretizado, este é um aniversário em que nos sentimos satisfeitos com o empenho que temos dedicado à colectividade. Mas conscientes de que, apesar de um ciclo se ter encerrado com a conclusão do Centro Cultural Prof. Élio Martins, é necessário, cada vez mais, um esforço enorme da parte dos dirigentes para que aumentemos o nosso ecletismo e a nossa dinâmica, de forma a proporcionar mais opções aos associados e população. É uma das maiores associações do concelho. Os apoios das entidades têm estado a essa altura? De forma clara e sincera, podemos afirmar que quem teve os apoios que já tivemos, - e entendo que fizemos por ser merecedores deles, - não se pode lamentar muito. Todavia, porque os encargos assumidos são enormes, há sempre necessidade de querer mais. Podemos afirmar que, quer da parte do governo, quer da parte da Câmara Municipal, até ao momento, só podemos agradecer por tudo quanto nos ajudaram e esperamos continuar a ser apoiados pois os encargos são muito elevados. “MUITA DEDICAÇÃO” O Centro Cultural éde fácil gestão? A UDCRS não é só o Centro Cultural. É bom lembrar que, para além do Centro Cultural, temos uma piscina, o polidesportivo descoberto, balneários, Parque da Pateira, e várias actividades em desenvolvimento, bem como muitas áreas a preservar e manter em óptimas condições de utilização. Tudo isto implica, da parte dos dirigentes, muita dedicação, muito trabalho e muita disponibilidade. Até por que financeiramente temos muitos encargos, o que nos faz trabalhar com mais determinação. Assim, a gestão desta colectividade já exige muito trabalho e que se tentem encontrar várias formas de angariar receitas, porque dada a sua dimensão já não se compadece só com boa vontade. Quais são os próximos objectivos? Com um património de infra estruturas tão alargado e com tantas vertentes em actividade (Cantares do Silveiro, equipa de ciclismo, teatro revista, ginásio, danças de salão, etc.) poderão pensar que não haverá mais para sonhar, porque no associativismo quase que vivemos do sonho. Mas há ainda uma obra que pretendemos executar, não sabemos quando, porque as condições financeiras de momento não são favoráveis, mas vamos tentar lutar pela construção de um dormitório, que poderá ser muito útil nos nossos campos de férias, em intercâmbios e ainda para as associações que fazem intercâmbios com outras colectividades quer do país quer do estrangeiro. Também na área de actividades vamos iniciar aulas de música e a equipa de natação vai começar a competir. “DISPONIBILIDADE” Após a inauguração do Centro Cultural, seguiram-se uma série de espectáculos de âmbito nacional. Agora desapareceram. O que se passa? Os espectáculos não desapareceram e os de nível nacional também não. Ainda recentemente tivemos uma noite fabulosa com a Orquestra Ligeira do Exército, mas a verdade é que a adesão aos espectáculos esteve aquém do esperado. Desta forma, não podemos correr riscos e, assim, vamos arriscar menos em espectáculos de maior envergadura. Todavia, já temos calendarizados os espectáculos para o primeiro semestre do próximo ano, que vão ser divulgados numa Agenda Cultural da associação. É já a segunda que editamos, o que diz bem do nosso trabalho, organização e programação. São espectáculos que vão desde o teatro revista, à música ligeira, tuna académica, epassagem de modelos, e bandas. As eleições já estão marcadas? Vai continuar à frente dos destinos da associação? Como ainda temos o objectivo e ambição de tornar a UDCRS ainda maior, há disponibilidade dos actuais corpos sociais para dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido. Daí que estamos disponíveis para, se os associados entenderem por bem, nos próximos dois anos, guindar a UDCRS a novos êxitos e a proporcionar actividades que possam melhorar as condições de vida da população. Pessoalmente, se for novamente eleito, completarei dez anos como presidente da associação, o que significa que também começa a ser tempo de descansar um pouco. Mas tudo tem o seu tempo para analisar. |