A assinatura dos contratos interadministrativos de delegação de competências com as Juntas de Aveiro foi mais um momento de “acerto de contas” com o passado e Ribau Esteves não poupou nas críticas pela forma como a Câmara se relacionou com as Juntas.
O autarca afirma que, atualmente, há uma relação de verdade com as Juntas de Freguesia de Aveiro e um trabalho conjunto que deu frutos em 2016 e que vai ser aprofundado em 2017.
Aproveitou a cerimónia de assinatura dos contratos de delegação de competências para criticar práticas do passado e defender uma relação de transparência.
Sem referir o nome de Vítor Martins, presidente da concelhia de Aveiro do PSD que foi presidente de Junta em Santa Joana, o autarca diz que tinha acabado o “tempo de puxar o casaco”.
Um recado que foi associado ao desempenho de Vítor Martins quando funcionou como elo de ligação entre o Executivo de Élio Maia e as Juntas de Freguesia de Aveiro e que na condição de líder de concelhia está envolvido num braço de ferro com Ribau Esteves (com áudio).
A guerra entre o autarca e o dirigente partidário veio para ficar e é uma das notas que lança incerteza no processo de preparação das autárquicas. Na mesma semana foi noticiada a decisão de Passos Coelho quanto à recandidatura que a concelhia, logo, desmentiu dizendo que não tinha tomado qualquer decisão.
Henrique Diz, líder do PSD na Assembleia Municipal de Aveiro, coloca-se ao lado do presidente de Câmara e crítica a atitude de Vítor Martins.
Na crónica regular que assina no Diário de Aveiro, o professor universitário diz que o líder de concelhia e um grupo de militantes estão apostados em fazer com que Ribau não seja candidato.
“Vivemos num país livre em que cada um é livre de fazer o que entende. Desde que não colida com os interesses dos outros. Neste caso, da cidade, em primeiro lugar, e do Partido, em segundo. Tendo servido os aveirenses no âmbito da Coligação vencedora das eleições, como vogal na Assembleia Municipal, reconheço no atual presidente de Câmara a capacidade e a vontade que o recomendam para um segundo mandato. Lamento que, bem à portuguesa, a vingança, a inveja e a intriga se queiram sobrepor à qualidade”.
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