O Sindicato dos Trabalhadores de Pesca do Norte acusou hoje o Governo de "promover a empresários antecipadamente falidos" os pescadores que pescam com redes de "majoeira" na Ria de Aveiro, por obrigá-los a colectarem-se nas Finanças.
"Pretender que estes pescadores se colectem, o que pressupõe que passem a pagar uma colecta mínima, é desde logo inviabilizar a actividade destes pescadores, que mal conseguem pescar para comer e sustentar as suas famílias no dia-a-dia", alega o Sindicato.
Sem prejuízo de se encontrar outra forma de acompanhamento das capturas efectuadas, para o que o Sindicato está disponível para colaborar, "desde que permita a sobrevivência destes pescadores e suas famílias", aquela estrutura representativa dos pescadores pretende que o Ministério da Agricultura e Pescas revogue a medida, determinada pela Direcção Geral de Pescas e Aquicultura (DGPA).
De acordo com António Macedo, dirigente sindical, os pescadores da "majoeira" - artes de pesca utilizadas na Ria - estão a ser agora confrontados pela DGPA, para que se colectem, no prazo de 60 dias seguintes à obtenção da licença de pesca para 2004/2005.
Segundo o Sindicato, essa arte de pesca é uma arte para subsistência desses pescadores que no Verão trabalham com a arte xávega e no Inverno não se conseguem fazer ao mar.
"São muitos os dias em que mais não fazem que recolher lixo nas suas redes. Esta medida é tão mais injusta, quando se verifica num momento em que se fala de hipotéticos apoios do Governo à grave situação das pescas e,