O terceiro festival Sons em Trânsito, que Aveiro acolhe em Novembro, esteve em risco de se realizar por falta de verbas, mas para 2005 o director já pensa na extensão do evento a outras cidades. "Arranjar apoios para um festival como este é uma tarefa hercúlea", afirmou à agência Lusa o director do festival, Vasco Sacramento, acrescentando que o evento existe com a ajuda da autarquia. Este ano, a organização viu recusada a candidatura a um subsídio do Instituto das Artes, um apoio financeiro que foi colmatado com o patrocínio de empresas privadas. Com um orçamento de 75 mil euros, o Festival Sons em Trânsito pretende revelar projectos de músicas do mundo em Portugal e divulgar a cidade de Aveiro. "É um festival que faz sentido em Aveiro, porque veio suprimir uma lacuna e além disso queríamos associar um evento cultural à cidade", explicou Vasco Sacramento. Se em 2005 não houver problemas com orçamentos e financiamentos, Vasco Sacramento pretende alargar o Festival Sons em Trânsito a Lisboa e a quatro cidades do norte do país. "Vinte por cento do público do SET é de fora de Aveiro, mas com as extensões a outras cidades não só divulgamos Aveiro como os projectos que por lá passaram", referiu. "O que me dá mais gozo é chegar a uma loja de música em Aveiro e ver os projectos que passaram pelo SET no top de vendas". Para ajudar a divulgar o festival, a organização edita este ano pela primeira vez um CD que reúne temas de alguns dos projectos que passaram ou vão passam este ano pelo SET. O CD - que é editado segunda-feira pela Mega Música e reúne nomes como Cibelle, Susana Baca, Trio Mocotó, Tuxedomoon e Kimmo Pohjonen - "é uma excelente ferramenta de divulgação" para o público e para a comunicação social. "É também uma forma de combater a efemeridade", afirma Vasco Sacramento, reconhecendo que nos últimos anos tem havido uma maior abertura para a denominada "world music". |