Joana Schenker fez história no Miss Sumol Cup ao vencer a prova por três vezes consecutivas. A luso-germânica voltou a dominar a prova a contar para o Circuito Europeu de Bodyboard, mas a final foi das mais disputadas e renhidas dos últimos anos. Espectáculo de princípio ao fim, com as derradeiras ondas, já nos últimos segundos da final, a provocarem alterações na classificação.
A vencedora até nem entrou bem na bateria final, com a regressada Rita Pires e também Teresa Almeida a discutirem taco-a-taco a liderança. Marta Leitão, que até fez a primeira onda da final, ainda andou na refrega pela liderança no primeiro terço da final de 30 minutos, quando Teresa Almeida assumiu o comando, que conservou durante parte da bateria, mas acabou por não encontrar as melhores ondas.
Porém, quando já só faltavam 10 minutos, a regressada Rita Pires, que apenas veio competir à Miss Sumol Cup, interrompendo um jejum competitivo de cerca de dois anos, colocou-se na frente da final, posição que acabou por perder para Joana Schenker que, fruto de um último terço de prova muito forte, acabou por vencer com um score de 13.60 pontos (8.00 e 5.60 pontos).
Rita Pires, com um desempenho brilhante, até porque as condições de mar eram bastante difíceis, com a forte corrente a fazer estragos, quedou-se pelo segundo posto, com 13.00 (7.00 e 6.00 pontos), enquanto o terceiro lugar foi para Teresa Almeida, com 11.30 pontos (6.25 e 5.00 pontos), e na quarta posição ficou Marta Leitão, com 9.60 pontos (5.50 e 4.10 pontos).
Refira-se que as condições de mar acabaram por elevar o nível da competição e do espectáculo, com boas ondas, mas a levantar dificuldades às atletas devido à forte corrente que se fez sentir durante toda a final. Foi um confronto que exigiu muita técnica, mas igualmente muita capacidade física e lucidez na escolha das ondas.
O triunfo histórico de Joana Schenker acabou por ser ainda mais valorizado pelo alto nível competitivo que as quatro bodyboarders exibiram.
A Miss Sumol Cup 2014, 2015 e 2016 conseguiu ainda a melhor onda desta 12ª edição, com uma surfada nas meias-finais em que arrancou um 9.00 pontos aos juízes. Aliás, a segunda melhor onda também lhe coube, com uma de 8.00 já na final e que muito contribuiu para esta segunda vitória no European Tour of Bodyboard 2016.
Schenker está mais confortável na liderança do ETB 2016, mas Teresa Almeida (com um 2º e um 3º lugar) mantém a pressão. Já Marta Leitão, que não competiu em França, vai à Madeira e então decidir se faz o resto do Circuito. Rita Pires regressou apenas pela «recreação», pelo que não almeja metas competitivas.
“Vim à Costa Nova especialmente com dois objectivos: dar as aulas de ioga, que é o que faço agora profissionalmente, e rever amigos. Competir nem estava muito nos meus planos, mas o afecto que sinto pelos organizadores achei que seria positivo entrar nas provas. Senti-me bem e foi uma agradável surpresa para mim ter conseguido duas finais e ter lutado pela vitória”, disse Rita Pires, que conquistou, enquanto profissional, 13 títulos nacionais e seis europeus.
A júnior Mariana Rosa, que ficou em terceiro lugar na sua meia-final e se bateu de forma impressionante para os seus 13 anos com o mar da Costa Nova, recebeu a distinção de Miss Simpatia 2016.
Neste último dia de Miss Sumol Cup 2016 foram surfadas 105 ondas. Ora, assim sendo, a «Onda Solidária» reuniu 444 euros, que a Associação de Surf de Aveiro (ASA), juntamente com o ActivoBank, entregou ao Lar do Divino Salvador, de Ílhavo, uma IPSS que acolhe mães solteiras.
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