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NOTÍCIAS |  | | 16-09-2004
| Ano lectivo começa hoje
| | Educação |
| | Mais de um milhão e meio de crianças, adolescentes e professores começam hoje a regressar às aulas, abrindo um ano lectivo que os sindicatos do sector da Educação consideram "o mais caótico de que há memória".
O Ministério da Educação garantiu que 70 por cento das escolas do Algarve abrem hoje as suas portas assim como 58 por cento dos estabelecimentos de ensino do Alentejo.
No entanto, na zona centro, mais de metade das escolas vão estar fechadas, uma vez que a tutela informou que apenas 46 por cento das escolas do 2º e 3º ciclo e secundário desta região do país vão iniciar hoje o ano lectivo.
Ao contrário de anos anteriores, a abertura oficial do ano escolar não será hoje presidida pela ministra da Educação, estando no terreno apenas os dois secretários de Estado da tutela.
O secretário de Estado da Educação, Diogo Feio, visitará a escola EB 2,3 António Dias Simões, o Jardim-de-Infância e a Escola Básica do 1º ciclo de Oliveirinha, todos em Ovar, seguindo depois para a Escola Secundária Homem Cristo (Aveiro).
A visita termina ao início da tarde na Escola Secundária com 3º ciclo Marques Castilho (Águeda).
Já o secretário de Estado Adjunto e da Administração Educativa, José Manuel Canavarro, visitará a Escola Básica da Barroca Grande, a Escola de Santo António (Covilhã), a Escola de Santa Teresinha (Fundão) e o Jardim-de-Infância da Boa Esperança (Castelo Branco).
Ao fim da manhã, José Manuel Canavarro estará na Escola Básica Integrada Aristides de Sousa Mendes (Cabanas de Viriato) e na Escola EB 2,3 de Carregal do Sal terminando o dia com a entrega de diploma aos alunos dos cursos de educação/formação da Escola EB 2,3 de Miragaia (Porto).
A abertura do ano lectivo nos ensinos pré-escolar, primário e secundário decorrerá de 16 a 23 de Setembro, mas segundo o Ministério da Educação, a lista definitiva de colocação de professores só será divulgada segunda-feira.
Há uma semana, o ministro da Presidência, Morais Sarmento, admitiu que "seguramente existirão escolas que não vão abrir dia 16".
"No limite, cabe às próprias escolas escolher o dia de abertura das aulas" e haverá sempre "situações individuais" de estabelecimentos de ensino que só começarão a funcionar depois de 23 de Setembro, disse Morais Sarmento.
Para a Federação Nacional dos Professores (FENPROF), um dos maiores sindicatos do sector, o ano lectivo está "irremediavelmente prejudicado" e apenas em Outubro as escolas terão todos os docentes necessários.
O mesmo defende a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), para quem este é o ano lectivo "mais caótico de que há memória".
Para o dia de hoje está marcada uma concentração de docentes junto ao Ministério da Educação em protesto pela forma como decorreram os concursos.
O protesto foi convocado pela Federação Nacional de Professores.
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