A 26.ª Expofacic – Exposição/Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Cantanhede foi inaugurada no passado dia 28 de julho, num evento presidido pelo Secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Paulo Alexandre Ferreira. Foi sob um sol tórrido que decorreu a inauguração e visita ao certame, com o secretário de Estado, Paulo Alexandre Ferreira a destacar que a Expofacic “é um emblema do que já é o município de Cantanhede e a região Centro”, ou seja um certame “com grande impacto na dinamização dos negócios e da economia local, na atração de visitantes e na promoção da atividade turística”.
Um certame que “reflete também o espírito empreendedor de Cantanhede”, um espírito empreendedor que, como Paulo Alexandre Ferreira, frisou “o governo quer implementar e capitalizar em Portugal, seja apostando na qualificação do seu capital humano, seja apostando na inovação, mas também ao criar condições para que as empresas possam investir mais e melhor em Portugal”. O governante deu como exemplo o programa “Capitalizar”, que procura criar condições ao investimento empresarial, mas falou ainda do Portugal 2020, sublinhando os incentivos pagos às empresas que rondam já os 250 milhões de euros, “muito superior aos 4 milhões de euros que encontramos quando chegamos ao governo”.
A finalizar, Paulo Alexandre Ferreira destacou os instrumentos financeiros disponibilizados às empresas pelo Portugal 2020, neste terceiro trimestre: “são cerca de 1.4 mil milhões de euros em financiamento, em linhas de dívida e de capital e todo um processo de apoio à internacionalização e revitalização do comércio tradicional de proximidade”.
Investimentos e regeneração urbana. Na ocasião, o edil João Moura mostrou-se confiante no sucesso do certame, com metas cada vez mais ambiciosas, centrando a sua intervenção no “apreciável conjunto de intervenções estruturantes orientadas para a crescente elevação dos padrões de qualidade de vida da população, na qualificação das áreas urbanas, nos investimentos em infraestruturas e equipamentos coletivos, sem esquecer a proteção do meio ambiente e as políticas ativas nos domínios da educação, da cultura e da ação social.”
O autarca sublinhou também a importância estratégica do projeto pioneiro do Biocant Park que “colocou Cantanhede no mapa da inovação científica e tecnológica”, e ainda na inauguração, no decorrer deste ano, “de um novo edifício dimensionado para acolher mais empresas que desenvolvem processos de transferência de tecnologia em biotecnologia”. Na ocasião, destacou a aposta da autarquia noutros setores, nomeadamente em investimentos industriais que reforçam as cadeias de valor do tecido empresarial e aumentam as oportunidades de trabalho qualificado. Os vários exemplos elencados “convergem para a ideia de que esta é uma terra fértil para investimento”, já que “no total são mais 105 milhões de euros investidos recentemente ou a investir a curto prazo, o que representa a criação de cerca de 200 postos de trabalho, muitos deles qualificados”.
O presidente da autarquia cantanhedense concluiria que, dentro de pouco tempo, mais alguns passos importantes vão ser dados, no âmbito do financiamento comunitário que o Município contratualizou para obras de regeneração urbana. “São projetos que ascendem a mais de seis milhões de euros, dos quais cinco milhões correspondem à comparticipação dos fundos europeus destinados a financiar projetos das autarquias com Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) aprovado, como é o caso de Cantanhede”.
App “CantanhedeGo”. Já Luís Roque, presidente da Associação Empresarial de Cantanhede (AEC) revelaria o projeto inovador e único no país lançado pela AEC: uma aplicação para smartphones, batizada de “CantanhedeGo”, com a particularidade de estar desenhada para ajudar o comércio tradicional e toda a atividade empresarial do município de Cantanhede. “Uma app com um leque variado de informação e conteúdos que todos os que visitam ou residem em Cantanhede necessitam, fruto de um trabalho conjunto com o município de Cantanhede que, desde a primeira hora, abraçou e acreditou no projeto”, realçaria Luís Roque.
Ao secretário de Estado lembrou que Cantanhede já foi uma das maiores praças comerciais da região, mas que agora “não fosse a capacidade e a dinâmica do concelho estaríamos com graves problemas sócio-economicos”. Felizmente, disse ainda: “o concelho apanhou o comboio da industrialização. Gostaríamos agora de apanhar o comboio da regeneração urbana”, destacado a necessidade urgente de apostar no comércio tradicional, até porque o comércio está de volta aos centros históricos das cidades: “daí a necessidade de apostar na regeneração urbana”.
Também José Maria Maia Gomes, presidente da Assembleia Municipal de Cantanhede destacou que este certame representa um momento de grande significado e orgulho para os munícipes. Um certame grandioso que “se tornou a maior feira de atividades económicas do país e uma das grandes referências do concelho, onde se podem ampliar contactos de negócio”.
Um certame que é também fruto de um planeamento cuidado e muito trabalho, não só do executivo municipal, como da comissão organizadora, e de uma equipa de profissionais “competentes e motivados e experientes”, sem esquecer o empenhamento das forças vivas do concelho, associações, coletividades, escolas, juntas de freguesia, IPSS, artesãos e empresários.
A Expofacic, que decorre até ao próximo dia 7 de agosto, conta com a presença de mais de 500 expositores.
Catarina Cerca
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