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17-07-2004

Executivo de 19 ministros liderado por Santana Lopes


Governo

Os dezanove ministros do XVI Governo Constitucional, liderado por Pedro Santana Lopes, são hoje à tarde empossados pelo Presidente da República, depois de os seus nomes terem sido conhecidos sexta-feira. "A lista que veio a público demonstra bem que nenhum dos nomes que não consta desta lista não foi convidado ou sequer sondado", declarou Pedro Santana Lopes, à saída da reunião da comissão política nacional do PSD, numa alusão a notícias dos últimos dias sobre a composição do seu executivo. O CDS-PP, que passa a liderar quatro Ministérios contra os três que detinha no Governo de Durão Barroso, elogiou a rapidez da formação do executivo, considerando-o "credível e mobilizador". A oposição em bloco criticou as opções de Pedro Santana Lopes para o XVI Governo constitucional. O vice-presidente do grupo parlamentar do PS, Guilherme d+Oliveira Martins, afirmou que o Governo de Santana Lopes demonstra que "a maioria PSD/CDS está cansada". "Verifica-se uma continuidade relativamente ao executivo de Durão Barroso. Não estamos perante um governo novo", defendeu o ex- ministro das Finanças. O PCP, pela voz do líder parlamentar Bernardino Soares, considerou que o futuro Governo irá "reforçar os interesses económicos" e assegurou que os comunistas "não lhe darão o benefício da dúvida". Francisco Louçã, pelo Bloco de Esquerda, acusou o primeiro- ministro indigitado de ter formado um executivo com base na sua "corte de amigos pessoais", em conjunto com alguns "náufragos do anterior Governo". O novo Governo, liderado por Pedro Santana Lopes, tem 19 ministros, mais dois que o de Durão Barroso, e inclui seis do anterior executivo. Paulo Portas continua a ser ministro de Estado e da Defesa, Nuno Morais Sarmento mantém-se na Presidência, mas sobe a ministro de Estado, Bagão Félix transita do Trabalho e Segurança Social para a pasta das Finanças e Administração Pública, José Luís Arnaut passa de ministro-adjunto do primeiro-ministro para ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional, Luís Filipe Pereira mantém-se à frente do Ministério da Saúde e Maria da Graça Carvalho continua como ministra da Ciência e Ensino Superior. Há ainda um sétimo ministro no novo Governo que pertenceu ao anterior: trata-se de Carlos da Costa Neves, que era secretário de Estado dos Assuntos Europeus de Durão Barroso, e vai ser o novo titular da Agricultura, Pescas e Florestas. Também Domingos Jerónimo se mantém como secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros. As novidades do novo elenco ministerial são, além do primeiro- ministro, Pedro Santana Lopes, Álvaro Barreto (ministro de Estado, das Actividades Económicas e do Trabalho), o embaixador António Monteiro (ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas), Daniel Sanches (ministro da Administração Interna), José de Aguiar Branco (ministro da Justiça), Maria do Carmo da Costa Seabra (ministra da Educação), Fernando Negrão (ministro da Segurança Social, da Família e da Criança), António Mexia (ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações), Maria João Bustorff Silva (ministra da Cultura), Luís Nobre Guedes (ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território), Telmo Correia (ministro do Turismo), Henrique Chaves (ministro-adjunto do Primeiro-Ministro) e Rui Gomes da Silva (ministro dos Assuntos Parlamentares). Entre os 19 ministros de Santana Lopes contam-se apenas três mulheres (Educação, Ciência e Ensino Superior e Cultura), contra quatro do Governo de Durão Barroso (Finanças, Negócios Estrangeiros, Justiça e Ciência e Ensino Superior). Maria da Graça Carvalho é a única ministra que se mantém do anterior executivo, na mesma pasta. A cerimónia de tomada de posse do novo governo realiza-se hoje às 17:00 no Palácio da Ajuda.

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