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NOTÍCIAS | | | 08-06-2004
| VI Feira de Artesanato e Gastronomia da Mealhada
| Mealhada |
| Vai estar patente ao público, até ao próximo dia 13 de Junho, no Jardim Municipal, na cidade da Mealhada, a VI edição da Feira de Artesanato e Gastronomia que, este ano, destaca o que de melhor existe em termos de doçaria regional. Contando com a participação de 40 artesãos, provenientes dos mais diversos pontos do país, este certame aposta fortemente no que de melhor se faz em matéria de artesanato, homenageando assim todos aqueles que se dedicam ainda a artes, cada vez mais raras. A abertura oficial da Feira teve lugar no último sábado, por volta das 16 horas, e contou com a presença de Carlos Cabral, presidente da Câmara Municipal; Carlos Pinheiro, presidente da ACIM – Associação Comercial e Industrial da Mealhada; vereador e deputado da Assembleia da República, Gonçalo Breda Marques, entre muitos outros convidados.
40 artesões De barraca em barraca, as centenas de visitantes aguardados para estes nove dias de feira, poderão apreciar e deliciar-se com as mãos que trabalham o couro, o linho, a madeira ou o barro. Todos poderão contactar, de perto, com artes ancestrais que resistem, nos dias de hoje, graças a um punhado de homens e mulheres que teimam em não deixar morrer e cair no esquecimento os confortáveis tapetes e mantas, feitos em tear, robustas botas para os trabalhos do campo, práticos cestos de vime, caçoilas de barro, ternurentas bonecas de trapos ou belos objectos decorativos. Os artesãos aqui patentes, que não pagam qualquer aluguer pelo espaço que ocupam, foram alvo de uma rigorosa selecção e, na sua maioria, são provenientes dos concelhos da Mealhada, Anadia, Oliveira do Bairro, Cantanhede, Coimbra, Vila do Conde, Pombal, Espinheiro e Oeiras.
Gastronomia e doçaria regional Paralelamente, as Juntas de Freguesia (sete) e alguns restaurantes (dois) deram um colorido diferente à Feira com as funcionais tasquinhas que deliciaram os mais gulosos com os saborosos petiscos da gastronomia regional (negalhos, cabidela, chanfana, caldo verde, leitão e arroz doce), bem como com o tão distante, e cada vez mais raro, pão da Mealhada. Presente também a doçaria regional e conventual. Pão-de-Ló de Ovar, Doce de Amêndoa de Setúbal e Ovos Moles de Aveiro estão a ser “reis” durante estes nove dias que vai durar a feira, a par dos bolos regionais da Mealhada, das cavacas, suspiros e Pão de Deus. Furor causou também a barraquinha de doçaria conventual de Alverca do Ribatejo com as suas “Maminhas de Noviça”, “Bocado do Abade”, “Rapa o tacho”, “Delícia Gila e de Nozes.” Presente também o Núcleo da Mealhada da Cruz Vermelha Portuguesa que, na sua concorrida banca, lá foi medindo e controlando a tensão arterial dos que o desejavam. Numa organização da Câmara Municipal da Mealhada esta sexta edição da Feira de Artesanato e Gastronomia não ultrapassa os 20 mil euros, pois como frisou Carlos Cabral a JB, “os tempos são de contenção e os cortes foram realizados naquilo que era possível sem prejudicar a qualidade da feira”. O autarca destaca ainda a qualidade da Feira em matéria de animação que irá, decerto, ao encontro das preferências de todos. Não só a prata da casa vai estar presente (Filarmónica Pampilhosense, Grupo Juvenil de Música Popular de Barcouço, Rancho Folclórico São João de Casal Comba, Grupo Folclórico As Tricanas da Vila do Luso, Rancho Infantil e Juvenil de Ventosa do Bairro, escolas de samba do concelho, entre muitos outros, como também vão subir ao palco grupos internacionais, tais como a companhia flamenca “Com Savia Nueva”, proveniente da Andalucia ou “Pura Mistura” música tradicional africana ou ainda “Salsa Cubana”. Um programa rico, variado, popular capaz de atrair um elevado número de visitantes”, diria ainda o autarca.
Futuro poderá passar por uma Expo-Mealhada A JB Carlos Pinheiro, presidente da ACIM explicou que, a Associação participa pelo segundo ano consecutivo neste evento, embora com um número muito reduzido de empresas: “no ano passado estiveram seis, este ano estão sete empresas presentes neste certame”. Uma situação que não se fica a dever à falta de interesse mas simplesmente “à falta de espaço”, uma vez que o local – Jardim do Município – não comporta mais stands. Para Carlos Pinheiro “o ideal seria num outro espaço, onde mais empresas pudessem participar”, pois embora a associação tenha apenas três anos de vida, tem já mais de 100 associados, provenientes não só do concelho da Mealhada, como de Anadia, Cantanhede, Penacova e Coimbra. Segundo este responsável “o futuro da feira deveria passar por uma Expo-Mealhada, mais abrangente e a realizar num outro local” abarcando vários sectores de actividade, mas contando sempre com o apoio da autarquia local. Sobre esta questão Carlos Cabral apenas avançaria que “a CM ajudará mas se a ACIM não der ao pedal não somos nós que vamos empurrar a bicicleta”, pois “os empresários e comerciantes têm de começar a cultivar um espírito de unidade e não ver no colega do lado um inimigo”.
Catarina Cerca
Programa: Dia 9 de Junho (Quarta-feira): 21.00h – Grupo Folclórico e Etnográfico “Girassóis da Bairrada” 22.00h – Orquestra dos Amigos da Música ORFF Dia 10 (Quinta-feira): 17.00h – GEDEPA 18.00h – Grupo de Dança do Luso 22.00h – Grupo de fados “Toada Coimbra” Dia 11 (Sexta-feira): 21.30h – Ass. Filarmónica “Lyra Barcoucense” 23.00h – Os Trovadores do Liz Dia 12 (Sábado): 16.00h – Clube de Música EB2/3 Mealhada 18.30h – Escola de Samba Grés Batuque 21.30h – “Cante e Moda” Grupo de Cantares do Alentejo Dia 13 (Domingo): 16.00h – Grupo Regional da Pampilhosa do Botão 18.30h – Grupo de Samba “Sócios da Mangueira” 22.00h – Banda “Salsa Cubana”
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