Bruno Coimbra considera “surreal” ouvir o Governo falar de combate às assimetrias. Falando no plenário da Assembleia da República, o parlamentar aveirense, eleito pelo PSD, sublinhou haver “uma grande diferença entre dizer e fazer”.
“O anterior governo, liderado pelo PSD, apesar de enfrentar uma situação de emergência financeira, originada, aliás, por políticas socialistas, pôs na agenda a coesão territorial e os territórios de baixa densidade. Já a ação do atual governo, apoiado pelos deputados do PCP e do BE, é centralista e aumenta as desigualdades”, acusa Bruno Coimbra, num discurso dirigido ao ministro adjunto, Eduardo Cabrita, no debate sobre os problemas das assimetrias regionais e as políticas necessárias para assegurar o desenvolvimento equilibrado do país.
Acusando o ministro de ter “falado muito do interior”, sem dizer “nada”, Bruno Coimbra questionou o ministro sobre os impactos que terão “a reversão dos investimentos previstos com barragens no interior do país” e “a reversão da reestruturação do setor das águas".
Sem esquecer o “aumento brutal dos combustíveis, penalizando mais quem não tem ao dispor uma rede de transportes públicos capaz”, Bruno Coimbra acusou o atual governo de acentuar as assimetrias ao recuar na descida do IRC, “desencorajando o investimento privado”.
Por último, o deputado do PSD abordou aquilo a que apelidou de “asfixia” às escolas com contrato de associação, “atirando para o desemprego milhares de professores e funcionários”, interrogando o ministro sobre se achava mesmo “que nos territórios do interior esse problema não se vai sentir de forma ainda mais dramática”.
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