A campanha nacional do PCP "Mais Direitos, Mais Futuro, Não à Precariedade" levou os ativistas do Partido Comunista Português ao contacto com os trabalhadores da Renault Cacia, em Aveiro, na noite de ontem. O PCP diz que se trata de uma empresa “bastante significativa”. Apesar de possuir um volume de produção “sempre elevado” e até em expansão “isso não impede a administração de recorrer à sub-contratação de trabalhadores ou, em casos de contratação direta, a contratos a termo para o desempenho de funções permanentes”.
“São vários os casos de trabalhadores que, ao longo dos últimos anos, têm oscilado entre o trabalho na empresa e o desemprego, ficando assim privados de estabilidade de vida, de progressão na carreira e de salários condizentes com as funções desempenhadas. Tudo isto se passa enquanto, como é publicamente assumido pela empresa, a Renault vai vendo os seus lucros aumentar de ano para ano”.
O PCP deixou apelos à sindicalização e afirma que é necessário desmistificar a questão da concorrência. “Embora não o assumindo abertamente, são evidentes os sinais dados pela administração e as posições de chefia que procuram estimular a ideia de que é preciso competir com as outras gerações, com as outras linhas da produção e até com outras empresas do grupo. Tentam virar trabalhadores uns contra os outros, criar um ambiente de temporários contra efetivos, novos contra velhos, manter a tensão alta e desviar a atenção de que as medidas tomadas são sempre no sentido de exigir mais dos trabalhadores, independentemente da sua situação”.
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