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NOTÍCIAS | | | 14-04-2004
| Três incêndios em três dias
| Anadia |
| O Verão ainda não chegou, mas os incêndios florestais já estão a dar que fazer às corporações de bombeiros da região. Anadia, um dos concelhos, que tem sido poupado ao flagelo das chamas, foi alvo, nesta quadra festiva, de três incêndios que consumiram alguma floresta, principalmente eucaliptais, no concelho. Mão criminosa é apontada pelos bombeiros como principal responsável.
O primeiro incêndio deflagrou por volta da 1H30 da madrugada de sábado, altura em que o alerta chegou à corporação anadiense. As chamas avançavam com violência na zona de Boialvo (freguesia de Avelãs de Cima) e Moinho do Pisco, numa zona de ligação aos concelhos de Águeda e Mortágua.
Apesar das temperaturas serem baixas, a zona de terreno bastante acidentado e a força do vento dificultaram a actuação dos bombeiros. De acordo com o comandante Dias Coimbra, dos B.V.Anadia, “o vento, com rajadas na ordem dos 50 e 60 quilómetros hora, dificultou muito os trabalhos, ao mesmo tempo que fazia avançar o fogo rapidamente”. Este depressa se repartiu em três frentes com mais de um quilómetro de distância entre si, o que aumentou a dificuldade de combate ao incêndio.
As chamas foram circunscritas depois das três horas da madrugada, tendo os trabalhos de rescaldo sido prolongados por mais duas horas.
Neste primeiro incêndio foram mobilizadas cinco corporações da zona operacional nº 2 – Anadia, Arbergaria-a-Velha, Águeda, Pampilhosa, Vagos, Aveiro Velhos, Mortágua e Oliveira do Bairro, num total de 92 homens e 16 veículos, o que obrigou ao corte da estrada entre Boialvo e Mortágua. Ainda segundo o comandante Dias Coimbra, “não estiveram povoações em perigo.”
As suspeitas de mão criminosa assumem mais força, já que, no mesmo dia, por volta das 4 horas da madrugada, deflagrou um segundo incêndio, desta vez numa zona de mato, num local próximo do IC2 e de uma unidade industrial de madeiras – a Madeicentro. Para este fogo que deflagrou na zona de divide o concelho de Anadia com Águeda, foram deslocados para o local 15 homens e três viaturas da corporação aguedense.
Já no dia 12 (segunda-feira de Páscoa), Anadia esteve novamente a arder. O alerta foi dado por volta das 14 horas. Um fogo, novamente no Moinho do Pisco, lavrava com alguma intensidade. De imediato, as corporações de Águeda, Anadia e Mortágua, deslocaram para o local cerca de 90 homens que acabaram por controlar o fogo que foi dado como extinto poucas horas depois.
Mais uma vez, o comandante dos Voluntários de Anadia aponta o dedo “a mão criminosa” que este ano parece também não querer dar tréguas ao concelho de Anadia.
A JB o comandante Dias Coimbra admite prever um Verão muito complicado para o concelho, pressentimento também sentido pelas populações das zonas serranas que já andam apreensivas e angustiadas face à situação presente.
JB sabe ainda que, dentro de poucos dias, o autarca anadiense, Litério Marques, deverá receber o comandante dos B.V. Anadia e os presidentes de Juntas de Freguesia das zonas serranas do concelho (Avelãs de Cima, Moita, Vila Nova de Monsarros) para analisar e debater a problemática da prevenção dos fogos florestais.
A GNR de Anadia e Mortágua estiveram no local.
Catarina Cerca |
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