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NOTÍCIAS |  | | 01-04-2004
| Nair Barreto, terceira da lista assume presidência
| | Águeda |
| A vereadora Nair Barreto, terceira da lista do PSD para a Câmara de Águeda, assumiu hoje a liderança do executivo, após renúncia do vice- presidente, Éloi Correia, que substituía o presidente, Castro Almeida, impedido de entrar na autarquia.
Agora vice-presidente, Nair Barreto disse aos jornalistas ter condições para exercer o cargo, salientando que tem legitimidade suficiente para dirigir a autarquia, porque "fazia parte da lista que venceu por maioria absoluta e que apresentou o projecto" que se propõe cumprir.
"Estou no enquadramento legal e em equipa. Aceito o desafio como autarca do PSD, por mais difícil que ele seja", disse.
Nair Barreto afirma que vai prosseguir o trabalho regular do executivo, dentro da linha traçada, e lembra que há um plano de actividades e um orçamento aprovados pela Assembleia Municipal para executar.
Quanto à exigência dos socialistas para que sejam convocadas eleições autárquicas antecipadas em Águeda, a vice-presidente da Câmara diz compreender aquela posição:
"A oposição está a fazer o seu trabalho, que respeitamos, porque a democracia alimenta-se de haver oposição".
A nova vice-presidente elogiou o seu antecessor, Éloi Correia - que esta semana renunciou ao mandato -, que fez as vezes de presidente no impedimento de Castro Azevedo.
"É um homem de grande capacidade técnica", enalteceu, lamentando a sua renúncia, numa atitude partilhada pelo executivo que hoje aprovou por unanimidade um voto de louvor ao seu desempenho.
Quanto ao presidente eleito, Castro Azevedo (que se encontra inibido de entrar nas instalações da Câmara devido a um processo judicial por peculato envolvendo também o deputado social-democrata Cruz Silva), Nair Barreto não regateia solidariedade.
"É uma pessoa muito querida de todo o povo de Águeda e esperamos que haja um desfecho favorável do processo judicial que está em andamento. É um grande amigo que está a passar por uma situação difícil", declarou.
Nair Barreto explicou que Castro Azevedo mantém o estatuto de eleito local dado que as suas faltas estão a ser justificadas porque está judicialmente impedido de comparecer, estando a autarquia a aguardar um parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro que consolide a decisão.
O PS, pela voz do presidente da Concelhia de Águeda, Carlos Guerra, já fez saber que quer eleições antecipadas porque "o executivo não tem condições políticas para continuar".
"Entendemos que a melhor solução são eleições antecipadas porque o executivo não tem o mínimo de condições políticas e estamos preparados para conquistar a Câmara e acabar com a paralisia em que Águeda se encontra", disse Carlos Guerra à Lusa.
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