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14-03-2004

Portas enaltece esforços do governo para retoma


CDS/PP

O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, disse ontem que é preciso lembrar como o PS deixou o país para poder avaliar o esforço do governo PSD/CDS-PP, em dois anos, para criar condições para a retoma da economia.
Paulo Portas falava nas comemorações do segundo aniversário do governo em Salreu, Estarreja, autarquia onde uma coligação PSD/CDS-PP destronou os socialistas, sendo percursora do que veio a acontecer na governação, como referiu o líder centrista.
O ministro de Estado e da Defesa salientou que o PS teve a sua oportunidade, mas o seu primeiro-ministro abdicou, deixando um défice superior ao declarado, reformas estruturais por fazer e a credibilidade externa em causa.
Em contraponto, disse que passaram os momentos mais difíceis e que este ano se vão sentir mais os sinais de recuperação, porque o governo que integra "preparou o país para crescer em cheio", com a retoma no espaço económico em que Portugal se integra.
"A primeira fase da legislatura, a mais difícil, está a ser superada. Era preciso semear para na segunda fase colher com razoabilidade", sustentou.
Em conclusão, Paulo Portas afirmou que "quem merece a confiança dos portugueses é este governo, que foi parte da solução, e não uma oposição que foi parte do problema".
Justificou a ruptura com interesses instalados, dando como exemplos os medicamentos genéricos e as licenças para notários privados a abrir no próximo mês, o prémio ao trabalho e não ao ócio, alegadamente conseguido pela reforma do Código do trabalho e a disciplina do rendimento mínimo, e ainda a primazia "às empresas e da ideia de família".
Neste ponto, reforçou a importância da flexibilização das leis laborais, considerando-a imprescindível para competir numa Europa alargada, e acentuou o controlo do défice, porque "menos despesa pública equivale a mais riqueza que fica nas empresas e nas famílias".
Recordou que "este é o ano em que se deu o primeiro passo na baixa do IRC e no próximo será o IRS", bem como a abolição da sisa e do imposto sucessório.
"Somos um governo com a razão na economia e o coração no social", declarou também, anunciando para o Verão novo aumento das pensões e recordando o 13º mês e abono de família para as famílias mais necessitadas.
Falou em especial no trabalho feito enquanto ministro da Defesa, em que viu aprovado o conceito estratégico nacional, promoveu a substituição dos equipamentos e vai acabar com o Serviço Militar Obrigatório para Portugal trocando-o por recursos humanos profissionalizados nas Forças Armadas.
Um dos seus ramos, a Força Aérea, vai participar na segurança do Euro2004, conforme confirmou aos jornalistas no final, escusando-se a revelar pormenores por ser matéria reservada.


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