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NOTÍCIAS |  | | 05-03-2004
| Porto/Aveiro/Salamanca/Valladolid crucial
| | Aveiro - Salamanca - TGV |
| O presidente da Associação Portuguesa para o desenvolvimento do Transporte Ferroviário (ADFER) defendeu que a ligação Porto/Aveiro/Salamanca/Valladolid em alta velocidade (TGV) é crucial para o desenvolvimento e competitividade de Portugal.
"O Eixo Atlântico é um factor fundamental da competitividade externa portuguesa porque é através do corredor da Beira Alta, que resulta da conjugação dos Vales do Vouga e do Mondego, que existem maiores potencialidades para as exportações, para o tráfego de mercadorias e, complementarmente, para o tráfego de passageiros", afirmou Arménio Matias.
O ex-administrador da CP falava a propósito de um debate sobre "A nova rede de alta velocidade e o Norte de Portugal: a perspectiva de Aveiro", em que hoje vai participar naquela cidade.
Organizado pelo Fórum Portucalense - Associação Cívica para o Desenvolvimento da Região Norte, o debate contará ainda com a intervenção do também ex-administrador da CP e ex-presidente da RAVE (empresa que gere o projecto de alta velocidade ferroviária em Portugal), Manuel Moura.
Segundo salientou Arménio Matias, se é um facto que a ligação à Galiza é decisiva para fazer do Porto a capital do Noroeste Peninsular, o facto é que esta "não deixa de ser uma ligação de carácter regional e interesse marcadamente local".
Já as duas ligações a Nascente (Porto/Aveiro/Salamanca/Valladolid e Lisboa/Badajoz/Madrid) têm um carácter "marcadamente nacional" e são "extremamente importantes para o desenvolvimento e competitividade do país".
"Este projecto é importantíssimo e não pode ficar adormecido", sublinhou Arménio Matias, que diz pretender "sensibilizar as forças vivas da região para a importância deste projecto e para a luta que têm que travar" para que não seja esquecido.
Uma eventualidade que diz ter esperanças de não vir a acontecer, já que o bom exemplo espanhol em matéria de TGV é suficientemente "forte e próximo" para que se acabe por tomar consciência e lutar pelos "reais interesses" do país e das várias regiões.
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