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27-04-2015

PCP questiona contratações do grupo CINCA para Estarreja.



O PCP diz que a instalação da CINCA em Estarreja, através de uma nova unidade industrial, vai acabar por atirar trabalhadores para o desemprego e prepara-se para questionar o Ministério da Economia sobre o processo em curso. A CINCA é uma empresa com 600 trabalhadores divididos em 6 unidades de produção nomeadamente entre as 3 unidades da Mealhada, de Albergaria-a-Velha e Ílhavo.

A nova unidade em Estarreja, que disporá de um armazém e linhas de produção, considerado como Projeto de Potencial Interesse Nacional, está a colocar em marcha uma operação de contratação de novos trabalhadores. Segundo o PCP essa operação baseia-se em “salários mais baixos”, “sem qualquer vínculo à empresa” e “com apoios à contratação por parte do IEFP”, tentando eliminar o vínculo com a maioria dos trabalhadores existentes atualmente no grupo, ou seja, “colocando no desemprego a maioria dos seus atuais trabalhadores”.

Em nota divulgada esta segunda, o PCP diz que mais de 200 trabalhadores “estão a ser confrontados com assédio permanente com vista ao despedimento”, sendo confrontados com uns “acordos de rescisão em que nem os valores mínimos exigidos por lei são garantidos”.

Ainda em relação aos trabalhadores que se mantêm na empresa o PCP diz que “têm vindo a sofrer um acréscimo de trabalho para além da realização de distintas tarefas ao longo do dia” e salienta que “os horários não são respeitados, sendo mesmo alterados diariamente consoante a necessidade da entidade patronal, desrespeitando por completo a vida pessoal dos trabalhadores”.

Numa leitura sobre este processo de construção da nova unidade, a eventual deslocalização de trabalhadores e a saída de outros, o PCP diz que as autarquias

estão a colaborar uma vez que tudo fazem “para atrair a CINCA” numa política de “cumplicidade entre o Governo, algumas Câmaras Municipais, PSD e CDS e os grandes grupos económicos”.

O tema vai ser levado à Assembleia da República e o PCP apela aos trabalhadores da CINCA “para que se unam em torno das suas estruturas representativas e, de forma inequívoca e determinada, lutem contra este ataque brutal aos seus direitos, pois apenas através da união dos trabalhadores e da sua luta persistente será possível vencer e repor a legalidade e a justiça”.


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