Desde o início do ano já arderam no Distrito de Aveiro 2.282 hectares de mato e floresta, cinco vezes a área ardida em todo o ano passado, segundo dados apresentados hoje pelo Comando Distrital de Operações de Socorro de Aveiro.
Este aumento, segundo o Comandante Operacional Distrital (CODIS) de Aveiro, José Bismarck, tem a ver com os grandes incêndios que ocorreram no início deste mês, nos Concelhos de Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Arouca.
Em 2014, o CDOS de Aveiro registou 738 ocorrências, tendo ardido 406 hectares, a segunda menor área ardida no Distrito nos últimos 20 anos.
Os números foram avançados durante a apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) de 2015 para o Distrito de Aveiro, que ocorreu hoje em Águeda.
Uma das novidades do Plano é a utilização da Albufeira da Barragem de Ribeiradio, em Sever do Vouga, que ficou concluída este ano, para o abastecimento dos aviões anfíbios pesados.
"Isto vai melhorar o reabastecimento dos aviões e o intervalo entre descargas vai diminuir consideravelmente", disse o comandante José Bismarck em declarações registadas pela Terra Nova.
Quanto aos meios, o Distrito de Aveiro vai contar este ano com 559 operacionais, 127 viaturas e dois meios aéreos para combater os fogos florestais na fase mais crítica, que decorre entre 01 de Julho e 30 de Setembro.
Neste período vão estar em funcionamento 12 postos de vigia, a quem cabe a deteção precoce das ocorrências.
O comandante José Bismarck destacou ainda o investimento que foi feito na segurança dos combatentes, com a distribuição de cerca de 1.100 equipamentos de proteção individual para combate a incêndios florestais e 356 rádios de comunicação.
Ao nível da formação estão previstas 19 acções de treino operacional, abrangendo 881 operacionais.
Texto: Lusa e RTN
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