O presidente da distrital de Aveiro do PSD defende que a mudança na administração do Porto de Aveiro é legítima mas admite que o Governo deveria ter sido mais célere e não deixar prolongar por tanto tempo uma gestão que já tinha terminado mandato há quatro anos. Ulisses Pereira que chegou a ser apontado como um dos nomes possíveis para a administração da estrutura recusa observações sobre os administradores cessantes ou os novos titulares dos cargos. “Acho que era lógico que a administração tivesse uma nomeação logo a seguir a ter terminado o mandato e não 4 anos depois. Isso é que era normal. Quanto ao resto é tudo normal”.
Ulisses Pereira abordou igualmente a situação de instabilidade no Centro Hospitalar do Baixo-Vouga com dois administradores demissionários. Considera que os partidos políticos devem alertar o Governo para os problemas mas entende que a substituição de administrações não é algo que se faça de “ânimo-leve”. “Já colocámos a questão na comissão de saúde na Assembleia da República. O Ministério da Saúde está sensível a questões concretas e provavelmente poderá haver ajustamentos. Mudança de administração? Não sei. Não gosto de política de mercearia. Os partidos devem alertar para os problemas. É preciso é encontrar projeto, plano estratégico que dê resposta aos utentes e depois encontrar protagonistas. O mandato acabou há pouco e não defendo que haja mandatos interrompidos abruptamente”.
Declarações à margem de uma visita de deputados do PSD que integram a Comissão de Economia a Aveiro e Ílhavo com foco em pontos turísticos. O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Luís Leite Ramos, admite que as portagens são um dos centros de preocupação. “É um problema que vamos voltar a colocar junto do Governo. Pode ser fator negativo para atrair procura do mercado Espanhol que é importante para a Região Centro. Vamos empenhar-nos. Mas há outros problemas relacionados com financiamento e vamos colocar as questões”.
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