Pela primeira vez desde que surgiram críticas à forma de movimentação de petcoque no Porto de Aveiro a CIMPOR vem a público esclarecer que tem procurado mitigar os efeitos da movimentação e assume estar disponível para “desenvolver e implementar outras medidas adicionais que se justifiquem pertinentes para a minimização do impacto desta actividade”. Em nota divulgada esta quarta, a empresa nega problemas para a saúde e consequências na perda de qualidade do ar.
A cimenteira, uma empresa do Grupo InterCement, defende que tem procurado soluções como a utilização de “navios significativamente mais pequenos” como forma de reduzir carga. Diz que reforçou os meios de transporte “de modo a evacuar o petcoque do Porto de Aveiro o mais rapidamente possível diminuindo significativamente o tempo de transição deste produto no cais” e anuncia que duplicou os meios de humidificação do petcoque no Porto de Aveiro inclusivamente na descarga, passando a utilizar em permanência, além de um canhão de água nebulizada com uma capacidade de 3.000 litros/hora e um alcance de 30 metros, um jato de água de alta pressão com uma capacidade de injeção de 700 litros por minuto”.
Nas medidas mitigadoras garante que o operador portuário procederá à limpeza adequada do cais após a movimentação do petcoque e assegura ter acautelado a cobertura do petcoque no seu transporte, quer por via ferroviária quer por via rodoviária.
Quanto à falta de licenças para fazer a movimentação que o Ministro do Ambiente adiantou estar na origem de um processo de contra-ordenação, a empresa afirma-se convicta de estar a agir “no estrito cumprimento da lei” salientando que não há provas de se estar perante um problema de saúde pública e defendendo que a qualidade do ar na zona do Porto de Aveiro "não fica afectada pela atividade decorrente do manuseamento de petcoque".
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