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10-02-2015

“Isto tem uma atmosfera inquinada quando se diz que as autarquias vão despedir professores, vão privatizar as escolas e um conjunto de coisas que não fazem sentido” - João Alegria.



A Câmara de Estarreja considera precipitada a posição do Sindicato de Professores da Região Centro que promete uma concentração contra o o que diz ser o “ambiente de secretismo” em que decorre a negociação do Contrato Interadministrativo de Delegação de Competências. No dia em que a autarquia reúne o Conselho Geral para debater o tema, o Sindicato promete contestar o processo à porta da Biblioteca. João Alegria, vereador com o pelouro da educação, adianta que a ação do sindicato é precipitada.

“Fui informando o Conselho Geral que iríamos fazer sessões de trabalho. Começaríamos pelos órgãos representativos dos agrupamentos. Estamos disponíveis para encontros mais alargados nomeadamente com pessoal docente e não docente. Isto tem uma atmosfera inquinada quando se diz que as autarquias vão despedir professores, vão privatizar as escolas e um conjunto de coisas que não fazem sentido. Não sabem o que se passa lá”.

O agrupamento de Escolas de Estarreja promete concentrar-se, esta terça, às 18h30, em frente à Biblioteca Municipal de Estarreja, “como repúdio por todo este processo”. O Sindicato acusa a autarquia de estar a negociar à margem do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Estarreja que só recentemente terá tomado conhecimento de parte dos documentos que têm estado a ser negociados entre a CME e o MEC, com vista à celebração do Contrato Interadministrativo de Delegação de Competências.

Rosário Oliveira, da delegação de Aveiro do Sindicato de Professores da Região Centro, admite que o tema não é consensual assumindo que há secretismo à volta das decisões. “Não é um processo totalmente aberto à sociedade. Temos tido algumas reuniões com o Ministério mas não tantas quantas gostaríamos. Os agrupamentos estão a ser ouvidos quase no final do processo, o que não é correto”.

A autarquia de Estarreja afirma que à medida que os documentos chegam são enviados aos órgãos de gestão das escolas e assume que não há dossiês encerrados.

 


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