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12-01-2015

Junta da Gafanha da Nazaré recusa "demagogia" em debate sobre qualidade do ar e oposição diz que cidadãos têm sido motor do processo.



A Junta da Gafanha da Nazaré considera que é necessário dar tempo ao tempo no estudo sobre a qualidade do ar e fala em sede de protagonismo dos cidadãos que estão a desenvolver ações a contestar o trabalho do Instituto do Ambiente. Carlos António Rocha falava na qualidade de representante do PSD no programa Discurso Direto.

O autarca da Gafanha da Nazaré diz que tem mantido portas abertas e informação de tudo o que chega ao conhecimento da Junta mas diz que não pode haver demagogias em assuntos que implicam conhecimento técnico. Numa troca de palavras com José Ângelo, do PCP, foi acusado de não valorizar a participação popular. “Os cidadãos não podem ter opinião, pesquisar relatórios e ter ideia sobre o que estamos aqui a falar? Acho que lida mal com uma população pró-ativa na defesa dos seus interesses”.

Carlos António Rocha reage com os dados sobre o processo e as reuniões mantidas com APA, Universidade e cidadãos para dizer que é bom estar informado mas não entrar em demagogias. “Quando falamos de questões técnicas específicas e científicas não sou eu com o meu senso comum que vou questionar os dados de relatórios com parâmetros e normativas europeias. Somos parceiros da boa informação e trabalhamos todos os dias para que os cidadãos estejam bem informados”.

Os cidadãos visados já reagiram e recusam a imagem passada pelo autarca desmentindo interesses particulares mas antes a defesa do interesse geral. “Os autarcas devem estar com a população e não em função das estratégias político-partidárias ou de outros interesses”, comentaram em nota publicada no facebook “Gafanha da Nazaré Minha Terra”.

Carlos Ribau, do PP, parceiro de coligação do PSD na Junta da Gafanha da Nazaré, admite que os pontos de vista são diferentes mas o entendimento é possível. Ainda assim considera que tem faltado informação atempada passando a imagem que os cidadãos estão a comandar os timings deste processo de contestação.

“Penso que na coligação da Junta é gerido de forma fácil. Temos pontos de vista diferentes. É verdade que há timings a cumprir. Podiam ter chegado mais cedo. Por vezes dá a sensação que funcionou por arrastamento e por pressão”.


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