A direção do Beira-Mar não esconde que a separação das atividades amadoras da gestão do futebol profissional passou a ser estratégica tais são os prejuízos causados à imagem do clube.
O Beira-Mar responsabilizou a SAD pelo estado de abandono a que chegou o Estádio Mário Duarte, pediu desculpas públicas à Efémero pelo corte de energia que afetou estádio e estaleiro teatral e anuncia que retomou a liderança da estrutura para repor a normalidade.
Entrevistado no programa “Segunda Parte”, o vice presidente Afonso Miranda não esconde que há danos que colocam em causa o processo de recuperação. Num universo de 3 mil associados, nem todos pagantes, o clube conseguiu ainda assim travar a perda.
“O clube tem mantido o número de associados. Ainda não conseguimos aumentar provavelmente pelos resultados e pela má imagem deixada. Todos os dias há notícias negativas que se refletem na imagem do clube. São entidades diferentes mas o futebol mexe muito. Tentamos aos poucos vincar esta divisão natural entre duas entidades. Fizemos campanhas, umas bem sucedidas e outras menos boas que nos permitiram manter o número de associados”.
O futuro do futebol profissional é seguido com atenção pelo clube que não descarta reflexões sobre um modelo sustentável a seguir.
“Estamos atentos. Temos 15% da SAD. Quando à extinção do futebol não se pondera. Não depende de nós. As coisas estão tremidas mas o Beira-Mar tem no futebol uma modalidade que atraiu muitos sócios. Não pode existir Beira-Mar sem futebol. Agora se é profissional ou amador não sei”.
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