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NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| Dois deputados querem suceder a Cruz Silva
| Águeda |
| PSD Águeda
Dois deputados municipais querem suceder a Cruz Silva
Os deputados municipais Antunes de Almeida e Paulo Matos disputam dia 14 a liderança do PSD/Águeda, até aqui dirigido pelo deputado Cruz Silva, suspeito de envolvimento com o presidente da Câmara, Castro Azevedo, num caso de peculato.
Os dois candidatos, que confessaram terem falhado negociações para uma lista de consenso, admitiram coincidir no propósito de renovar e reorganizar a estrutura social- democrata concelhia, deixando implícitas críticas às posturas de Castro Azevedo e Cruz Silva.
Antunes de Almeida, que já foi presidente da Câmara e vereador, disse à Lusa que quer «acabar de uma vez por todas com a confusão que tem havido entre o partido e a autarquia«.
Paulo Matos, actual líder da bancada social-democrata na Assembleia Municipal, defendeu, por seu turno, «uma nova forma de estar no partido com gente de missão e serviço, não subserviente e que não defenda interesses pessoais ou alheios a Águeda«.
Antunes de Almeida explicou à Lusa que para conseguir uma candidatura única chegou a propor ao seu adversário o lançamento de uma terceira pessoa para assumir a presidência da estrutura.
«Aventei várias hipóteses e essas pessoas disseram não ter condições para avançar. Mas hoje aparecem na candidatura do Dr. Paulo Matos«, frisou.
«Com duas listas a sufrágio, há sempre pequenas tricas, muito mais quando parece que se dá mais valor a pessoas do que a ideias«, acrescentou.
Confrontado com estas declarações, Paulo Matos disse ter feito «tudo« para conseguir uma lista de consenso, mas contrapôs que num partido democrático «é salutar a existência de mais de uma candidatura«.
O anterior presidente do PSD/Águeda, que ocupava intermitentemente há 20 anos, manifestara já a intenção de deixar a liderança da estrutura quando, a 20 de Janeiro, foi dado como suspeito de estar envolvido num caso de peculato na autarquia local.
Cruz Silva aguarda agora o levantamento da imunidade parlamentar para explicar os negócios alegadamente ilícitos entre a sua empresa - a Unicola - e a Câmara liderada por Castro Azevedo.
Lusa
(4 Fev / 17:35)
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