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NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| Defesa requereu que jornalista esclareça
| Oliveira do Bairro - Megajulgamento |
| Oliveira do Bairro - Mega-burla
Defesa suspeita que testemunhas combinam depoimentos
A defesa de parte dos suspeitos de 400 burlas comerciais, que estão a ser julgados em Oliveira do Bairro, requereu hoje que o juiz-presidente impedisse contactos entre testemunhas já ouvidas e outras que aguardam para depor.
A defesa apoiou-se em notícias publicadas em dois órgãos de informação (Jornal da Bairrada e Jornal de Notícias), segundo o qual testemunhas de acusação que esperavam o momento de depor combinaram estratégias com outras que já tinham prestado declarações.
O advogado de defesa requereu também que o autor das notícias - Pedro Fontes da Costa - fosse chamado a esclarecer as suas denúncias.
O juiz-presidente, Paulo Valério, remeteu para mais tarde a resposta ao requerimento, mas as testemunhas chamadas a seguir foram advertidas de que teriam de permanecer na sala ou abandonar as instalações da Câmara Municipal, onde decorre o julgamento. Neste processo, está em causa uma alegada teia que terá permitido a 21 arguidos obter, ou tentar obter, mercadoria sem pagar num valor global superior a um milhão de contos (cinco milhões de euros).
Só à sua parte, Vítor I., 55 anos, o principal arguido, é acusado de dois crimes de associação criminosa, 770 crimes de falsificação de documentos, 753 crimes na forma tentada de burla qualificada e 98 crimes de burla qualificada.
Os factos em julgamento reportam-se aos anos de 1998 a 2000, altura em que, segundo o Ministério Público, o principal arguido engendrou um esquema para seduzir os fornecedores com o intuito de obter mercadorias para exportação sem as pagar, apoderando-se dos resultados das vendas.
(9 Jan / 13:38) |
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