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NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| Intervalo bom conselheiro
| II Divisão B |
| II Divisão B
Oliveira do Bairro, 2 - Vilafranquense, 1
Intervalo bom conselheiro
Sentença na segunda parte
Manuel Zappa
Jogo no Estádio Municipal de Oliveira do Bairro.
Árbitro:José Mesquita, auxiliado por Leão Duarte e Miguel Meireles. Equipa do CA da AF Porto.
Oliveira do Bairro - Nelson (3); Paulo Costa (3), Rui Costa (3), Roberto Carlos (3) e Vitinha (2); Hernâni (3), Mário João (3), Tó Miguel (3) e Luís Barreto (3); Pazito I (4) e David (3).
Substituições: Aos 57m, Mário João por Leandro (3); 86m, Luís Barreto por Jorgito (-); 90m, Pazito por Alexis (-).
Treinador: Carlos Simões.
Vilafranquense - Hugo; Moisão, Rodolfo, Sérgio Paulo e Angel; Paulo Pinto (Ramos, 72m), João Ribeiros, David e Neca (Caeiro, 81m); José Luís (Luís Cruz, 60m) e Dionísio.
Treinador: Rui Vitória.
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Pazito (29 e 61m) e Dionísio (51m).
Disciplina: cartão amarelo a Vitinha (17 e 83m), Paulo Pinto (25m), Neca (35m), David, do OBSC (43m), Hernâni (45m), Sérgio Paulo (55m) e Nelson (90m). Vermelho, por acumulação de amarelos, a Vitinha (83m).
Estatística
26 Faltas 22
18 Remates 8
6 Cantos 5
3 Livres perigosos 2
2 Foras-de-jogo 3
Não foi uma partida brilhante em termos técnicos, mas teve um vencedor mais do que justo.
Por aquilo que o Oliveira do Bairro fez ao longo da segunda parte mereceu indiscutivelmente a vitória.
A primeira parte ficou marcada pelo mau futebol, num jogo com muitas faltas e com a bola a viajar sistematicamente pelo ar, perante um Vilafranquense que se apresentou muito bem organizado. Os ribatejanos ainda conseguiram o empate, na sequência de uma fífia de Hernâni, mas, os locais mais soltos e imprimindo uma maior velocidade ao seu jogo, foram mais fortes na etapa complementar.
O início do jogo foi bastante insípido e com ambas as equipas a sentirem algumas dificuldades em explanar o seu futebol. Mais o Oliveira do Bairro que foi um pouco na cantiga do jogo do adversário, que nunca procurou jogar bonito, mas sim recorrendo a um futebol pouco profícuo e de bola pelo ar.
A luta pela posse de bola foi imensa, o discernimento não foi o melhor e, como tal, as situações de perigo não foram abundantes, tendo nesta matéria o Oliveira do Bairro mais responsabilidades, porque denotou pouca profundidade atacante e afunilou em demasia o seu jogo.
O Vilafranquense mostrou-se bem organizado do meio campo para trás, não mostrando grandes soluções no ataque, sendo notório que a sua aposta passava por conservar o mais tempo possível o nulo.
Estava o jogo numa toada deveras incaracterística quando Roberto Carlos arrancou um pontapé de baliza na direcção de Pazito. O avançado, em velocidade, passou por um adversário, entrou na área e rematou de pé esquerdo para uma defesa incompleta (para a frente) de Hugo. Lesto e felino, Pazito fez a recarga, de novo com o mesmo pé, atirando com êxito para o fundo da baliza.
Até ao intervalo, o jogo voltou a cair na mesma monotonia, sem qualquer registo de relevo.
A segunda parte começou praticamente com o golo do empate dos homens de Vila Franca de Xira. Hernâni, em zona proibida, perdeu a bola para Dionísio, que num bom trabalho individual, rematou de pé esquerdo, fora do alcance de Nelson.
Dois minutos depois, em mais uma perdida a meio campo, David, por muito pouco, não dava vantagem aos ribatejanos.
Atento ao crescimento contrário, Carlos Simões prescindiu de um homem do meio campo e apostou na velocidade de Leandro. Com a sua entrada, a equipa cresceu, ganhou outra dimensão no ataque e mandou positivamente no jogo.
Aos 56 minutos, o árbitro, mal, anulou um golo a Tó Miguel, por pretensa falta a um defesa e, três minutos depois, Luís Barreto cruzou e Leandro, bem colocado, perdeu soberana oportunidade.
Golo que surgiria, volvidos dois minutos. Hernâni executou um lançamento de linha lateral para a área e, Pazito, de cabeça, enganou tudo e todos para dar de novo vantagem aos Falcões.
Leandro voltaria a estar em mais duas situações de golo iminente, valendo a determinação de Sérgio Paulo e Hugo, para que o marcador não subisse de tom.
Por seu turno, o Vilafranquense tentou, mas nunca conseguiu importunar o tranquilo Nelson. Quando assim é!.
José Mesquita apitou a tudo, por vezes nem sempre bem. Ficam dúvidas no golo anulado.
Discurso Directo
Carlos Simões, treinador do Oliveira do Bairro:
“Empenhamento foi decisivo”
Jogámos contra uma grande equipa que nos causou imensas dificuldades.
A atitude e empenhamento foram armas decisivas. Só correndo e trabalhando mais, é que foi possível chegar à vitória. Foi uma vitória do querer, da determinação, suor e lágrimas e do espírito de sacrifício dos meus jogadores.
Rui Vitória, treinador do Vilafranquense:
“Adversário mereceu”
Penso que demonstrámos valor mais do que suficiente do que a posição que ocupamos na tabela classificativa.
O Oliveira do Bairro mereceu a vitória, enquanto nós, depois de empatar, tivemos alguma infelicidade ao não marcar de novo.
A Figura – Pazito
Decisivo
Há muito que Pazito procurava uma exibição assim, feita com golos. Ora na direita, onde começou, ora na esquerda, onde acabou, o veloz avançado teve grande mérito no primeiro golo, enquanto no segundo, estava no sítio certo, tornando-se parte decisiva na vitória da sua equipa.
As suas deambulações no ataque foram uma constante, provocando inúmeros problemas ao último reduto contrário. Correu, lutou e quando a conjuntura lhe foi favorável, apostou na sua principal arma, a velocidade.
(24 Dez / 00:07) |
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