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NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| Levar a cortiça à Bairrada
| Patrocinio |
| Empresa de rolhas de cortiça
Álvaro Coelho & irmãos SA patrocina Sangalhos
Levar a cortiça à Bairrada
Manuel Zappa
A empresa de rolhas de cortiça, Álvaro Coelho & Irmãos SA, e o Sangalhos Desporto Clube, celebraram, na passada quarta feira, nas instalações da empresa, sediada em Mozelos, concelho de Santa Maria da Feira, a assinatura de um contrato, para já válido até ao final da época, que tem como objectivo patrocinar as camisolas (nas costas) da equipa sénior de basquetebol.
Uma cerimónia que contou com os mais altos dirigentes do Sangalhos, jogadores, treinadores, Álvaro Coelho, presidente do Conselho de Administração, o seu irmão, Joaquim Coelho, vice-presidente, Álvaro Silva, Administrador Financeiro, da Álvaro Coelho & Irmãos SA e Jorge Sampaio, em representação da Câmara Municipal de Anadia.
Há sete anos (faz a 31 de Janeiro) a laborar e contando nas suas fileiras com 270 empregados, a Álvaro Coelho & Irmãos SA concentra a sua actividade na feitura de rolhas de cortiça, tendo como principal destino da sua matéria prima o estrangeiro, sem obviamente descurar o mercado nacional.
DINAMIZAR OUTRAS MODALIDADES
Como a Bairrada é a capital do vinho, tendo à sua volta inúmeras caves, a ideia dos responsáveis da empresa é expandir os seus serviços para a nossa zona, embora ressalvando que “não entrámos nisto com a sofreguidão dos números, de ganhar dinheiro a qualquer preço”. Quem o diz é Álvaro Coelho, ele que foi, durante 22 anos, praticante de Hóquei em Campo, no seu clube do coração, o União de Lamas. O seu lema e da empresa que lidera é o desporto pelo desporto e dinamizar outras modalidades: “Tem que haver uma reformulação do desporto-rei, pois os apoios não podem ser só canalizados para essa área”, aflorou Álvaro Coelho.
É por esta e outras razões que esta empresa aposta no Sangalhos: “Esta ideia não me desagrada nada de mostrar a cortiça a Sangalhos. Tenho muito prazer de ver o nosso logotipo nas vossas camisolas e nenhum de vocês tem responsabilidades acrescidas. Espero um comportamento fiel e leal. Estamos aqui para ajudar e para “acudir” nas emergências”, sublinhou o presidente do Conselho de Administração.
Questionado sobre como é que surgiu a ideia de patrocinar o Sangalhos, Álvaro Coelho disse que foi através de dois amigos (eventualmente de Sangalhos) do seu irmão, que posteriormente lhe foram apresentados. E como a conversa é como as cerejas, levantou-se a possibilidade de se avançar com um patrocínio: “Nada disto me mete medo. Há que dinamizar outras modalidades, com mais saúde mental e apostar na juventude, que é aquilo que o Sangalhos tem feito, e não concentrar o apoio nas modalidades que levam o dinheiro todo”.
Já o seu irmão, Joaquim Coelho, disse que “há formas de levar a mensagem e dá-la a conhecer. Apostamos numa modalidade que é amadora, o Sangalhos tem bom nome e a nossa ideia é de levarmos o nosso nome a zonas onde não somos conhecidos”.
Entretanto, Álvaro Coelho espera que este casamento seja duradouro, e da pergunta do que espera do Sangalhos, respondeu: “O título, não. A obrigação é fazer o melhor possível, mas se forem os primeiros, tanto melhor”.
EM SINTONIA
Amplamente satisfeito com este casamento mostrava-se Rui Gradeço. O presidente do Sangalhos espera que o seu clube seja digno deste patrocínio e da nobreza como a empresa dá o seu apoio ao Sangalhos: “O nosso projecto é desportivo e muito social, virado para a juventude, sendo esta a nossa filosofia e da empresa. Estamos em sintonia e só desejamos que este apoio tenha continuidade”.
Encerrou os discursos Jorge Sampaio, tendo realçado a capacidade que o Sangalhos estar a ter na busca de novas ajudas e do caminho que já percorreram.
A dado passo da sua intervenção, o representante da Câmara Municipal de Anadia, disse: “Congratulo-me com esta nova empresa em Sangalhos, pelo seu salutar dinamismo e maneira de estar”.
Em síntese, o vinho e a cortiça estão de mãos dadas. Por aquilo que deu para ver, este casamento tem pernas para andar, não só por aquilo que resta da actual época, mas de outras vindouras.
(23 Dez / 23:39) |
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