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01-04-2003

Org. juvenis cruzam influências locais


Águeda

Águeda Artes Organizações juvenis cruzam influências locais O cruzamento de múltiplas influências locais para construir espectáculos de matriz universalista é o objectivo da Associação Cultural de Águeda d´Orfeu e 25 outras organizações artísticas juvenis europeias, que esta semana discutem formas práticas de cooperação. No seminário «d+Orfusão +«, a decorrer em Águeda de terça-feira a sábado, as 26 organizações artísticas, provenientes de 19 países, vão definir como concretizar várias redes transnacionais, de três a quatro parceiros, que contribuam com as influências culturais dos seus meios para espectáculos comuns concretizáveis em itinerância. «No fundo, queremos que todas as d+Orfeu de cada local peguem num modelo já ensaiado pela nossa associação em Junho de 2001 e 2002, altura em que reunimos 40 jovens de quatro países (nas residências artísticas d+Orfusão - Fusão das Artes) e terminámos com a montagem de um espectáculo comum«, disse o dirigente da d+Orfeu Luís Fernandes. «Esperamos que no final desta semana estejam constituídas várias redes à escala europeia e que a própria d+Orfeu seja a parceira portuguesa de uma delas«, perspectivou. Na «arquitectura« destes futuros projectos artísticos de mobilidade participam companhias de teatro, dança, circo, grupos musicais, promotoras culturais, centros de artes e escolas artísticas. As associação participantes são originárias de Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Grécia, Polónia, República Checa, Estónia, Letónia, Eslováquia, Hungria, Eslovénia, Macedónia, Sérvia, Bósnia-Herzegovina, Kosovo, Albânia e Roménia. Segundo o dirigente da d+Orfeu, o projecto apoia-se no programa Juventude, da União Europeia, um instrumento financeiro que fomenta o intercâmbio juvenil. A d+Orfeu nasceu em Águeda há sete anos como uma vocação essencialmente musical, desenvolvida numa perspectiva experimentalista. «Temos uma ligação muito forte às músicas do mundo e tudo o que fazemos surge de um ponto de vista de evolução. Pegamos em material tradicional e trabalhamo-lo de outra forma, inovando. E como temos um espírito muito aberto e universalista, queremos sempre as influências de parceiros estrangeiros com quem trabalhemos«, explicou Luís Fernandes. A d+Orfeu tem uma escola de música tradicional e, no âmbito do seu espírito experimentalista, tem fundido a componente teatral em alguns dos espectáculos musicais que desenvolve em itinerância. Em Águeda, assume-se como a promotora dos grandes eventos culturais locais, admitindo estar a despertar apetência para espectáculos alternativos numa terra onde a maioria das cem associações locais se dedica ao folclore ou à música filarmónica. Embora a estrutura da d+Orfeu esteja em vias de semi- profissionalzação, «a força voluntária é ainda o grosso do pelotão«, conta Luís Fernandes, explicando que a estrutura fixa de despesas representa apenas 15 por cento do orçamento, contra 50 por cento em associações similares. Segundo o responsável, o trabalho pioneiro da d+Orfeu tem sido bem acolhido pelo público, mas «não tanto pela autarquia«, que gostaria que fosse «o grande parceiro estratégico« da associação. Ao invés, os apoios decresceram este ano, o que levou a d+Orfeu a protestar publicamente contra o facto. Lusa (16 Dez / 14:25)

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