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NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| Privatização de emp. água preocupa PCP
| Aveiro |
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PCP preocupado com efeitos de privatização da empresa Águas de Portugal
Os eleitos autárquicos e responsáveis pelas Concelhias do PCP do distrito de Aveiro alertaram hoje para a «enorme repercussão« que a anunciada privatização da empresa Águas de Portugal poderá ter na região.
Em causa, segundo os comunistas de Aveiro, estão os sistemas multimunicipais e empresas concessionárias desses sistemas, a intervir no distrito, como a ERSUC, SULDOURO, Águas do Vouga, SIMRIA e Águas do Douro e Paiva, cuja maioria do capital social pertence a empresas públicas do grupo Águas de Portugal.
«Tratam-se de áreas particularmente sensíveis para o desenvolvimento, equilíbrio ambiental e qualidade de vida dos cidadãos, como o abastecimento de água, saneamento básico e a recolha de resíduos, com características de serviço público«, explicam.
Se a privatização seguir em frente, alertam os eleitos autárquicos e responsáveis pelas organizações concelhias do PCP, «serão capitais privados a determinar as decisões em questões como a recolha e destino final de resíduos sólidos, da recolha e destino final dos efluentes líquidos envolventes da Ria e da Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos, bem como do abastecimento de água à maioria dos concelhos do distrito«.
Para os comunistas, os interesses das populações, nestas áreas, «apenas serão garantidos se for recusada a lógica comercial e construída uma forte gestão pública, orientada por valores de equidade económica e social e responsabilidade ambiental, assente designadamente nas autarquias«.
Opinião contrária manifestou já o presidente da Câmara da Feira, Alfredo Henriques, justificando que, as autarquias, que estão em minoria nestas empresas multimunicipais, «podem sempre adquirir a outra parte«.
«Muitas vezes os próprios privados conseguem uma gestão mais agilizada e racional do que a própria gestão pública«, adiantou o autarca do PSD, considerando que «as leis de mercado poderão até beneficiar os munícipes, possibilitando o pagamento de uma taxa mais barata«.
Lusa
(20 Nov / 19:06)
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