|
NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| As bicicletas também... “voam”
| Palhaça |
| Palhaça
As bicicletas também... “voam”
- Dia a dia vão aumentando as situações de insegurança de pessoas e bens
Mesmo nas aldeias, estão a registar-se acontecimentos que merecem ou devem merecer análise de todos os agentes intervenientes neste sector de Segurança, uma análise cuidada e esforço para o encontrar os antídotos que minorem os malefícios de tais situações, que não agradam a ninguém e muito menos prestigiam e credibilizam quem tem por obrigação actuar para as evitar e até punir.
Na Palhaça, também essa onda de instabilidade já chegou: reparemos nos assaltos a habitações; a casas comerciais, mesmo em pleno dia, e até a garrafas com explosivos que ferem pessoas, cujo único pecado é serem pessoas honestas, trabalhadoras e pessoas de bem.
Agora, são as bicicletas que desaparecem, sobretudo do adro da Igreja durante cerimónias nocturnas. Quem se deslocar à Igreja para participar, por exemplo, na missa vespertina de sábado à noite, e o fizer de bicicleta, arrisca-se a que, no final da celebração, apenas encontrem o lugar onde estava a bicicleta, já que esta... “voou”.
Como nos parece que os anjos e santos não andam de bicicleta, somos levados a pensar que serão mortais que delas se apropriam ilegitimamente.
O que fazer perante este fenómeno que acontece amiúde na Palhaça? Fazer piquetes? Ir à missa a pé ou fazer turnos durante as celebrações?
Cabe, sem dúvida, às forças de segurança, tão eficientes e esforçadas no controlo de trânsito e na punição de infractores, atitude digna de louvar, serem igualmente esforçadas no cumprimento do respeito pelo direito cívico e constitucional de todos os cidadãos à sua segurança pessoal e de seus bens.
Mas não basta a polícia actuar: é necessário que os tribunais castiguem com justiça os que não sabem viver em sociedade, que as prisões não sejam antros de vícios, mas sim locais de trabalho e recuperação e que a sociedade seja capaz de acolher com dignidade, e não com exclusão, os que cumpriram as suas penas.
A impunidade dos infractores não só revela falta de capacidade e, às vezes, até falta de vontade de castigar quem não cumpre, como ainda é uma enorme injustiça para todos aqueles que procuram cumprir e respeitar as regras fundamentais, necessárias e imprescindíveis para uma vida normal em sociedade.
Ou seja, em nenhum Estado Democrático e também de Direito, o crime e a infracção podem ser premiados.
Há, pois, que actuar.
MASF
(29 Out / 10:26)
|
| |
|
|
|
|
|
|
|
|