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NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| Advogada nega envolvimento em rede de imigração ilegal
| Águeda |
| Águeda
Advogada nega envolvimento em rede de imigração ilegal
Uma advogada que está a ser julgada no Tribunal de Águeda negou hoje qualquer envolvimento numa rede de imigração ilegal, admitindo apenas que acompanhava o namorado ucraniano a empresas interessadas em legalizar trabalhadores estrangeiros indocumentados.
A advogada, residente em Albergaria-a-Velha, disse que conheceu um dos quatro ucranianos co-arguidos neste processo na pensão da mãe, vindo a ajudá-lo na constituição de uma empresa de trabalho temporário.
Depois, acompanhou-o a várias empresas, não para oferecer mão-de-obra ilegal, mas para tratar da legalização de imigrantes eventualmente indocumentados que essas firmas tivessem ao seu serviço, disse.
«Mas já ia com ele, não como advogada, mas como namorada«, precisou a advogada, que é acusada dos crimes de associação criminosa e auxílio à imigração ilegal.
O seu namorado e três outros ucranianos são acusados dos mesmos crimes e ainda de extorsão, sequestro e roubo.
Todos eles negaram em tribunal consistência a essas acusações.
Segundo o Ministério Público, os cinco arguidos foram responsáveis pela introdução ilegal em Portugal de «várias centenas de pessoas« oriundas do Leste Europeu, aliciadas pela perspectiva de emprego e pelo processo de legalização.
As autoridades policiais receberam queixas de que os arguidos continuavam a exigir mensalmente dinheiro aos seus compatriotas, segundo a acusação.
Para garantir esses pagamentos, levavam-lhes passaportes e outros documentos como garantia, para além de ameaçarem a sua integridade física e a sua liberdade.
Foi a partir dessas denúncias que começaram, em 1998, as investigações da Polícia Judiciária (PJ), levando à detenção dos quatro arguidos no ano passado, que estão em prisão preventiva. A advogada ficou apenas sujeita ao termo de identidade e residência.
A alegada rede forneceu mão-de-obra a várias empresas de Aveiro, Albergaria-a-Velha, Oliveira do Bairro, Águeda e Anadia.
O julgamento prossegue na manhã de quarta-feira.
Lusa
(28 Out / 17:38)
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