|
NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| Campo de golfe tem efeitos negativos
| Aveiro |
| Aveiro
Estudo revela que construção de campo de golfe tem efeitos negativos
A construção de um campo de golfe no Parque Desportivo de Aveiro tem várias implicações negativas, a nível geológico, dos solos, da topografia, da paisagem e da ecologia, revela o Estudo de Impacte Ambiental (EIA).
A empresa gestora do Parque Desportivo de Aveiro, a PDA, E. M., pretende construir um campo de golfe, respectivas infra-estruturas, Academia de Golfe e unidades de alojamento, numa área total de 83 hectares.
«O Projecto de golfe é constituído por áreas relvadas, cinco lagos impermeabilizados, infra-estruturas de lazer, restauração e manutenção, caminhos para carrinhos de golfe e outros acessos de automóvel, parques de estacionamento e sistemas de irrigação«.
A componente imobiliária será composta por 104 moradias, com uma população prevista de 644 residentes, e a área comercial terá dez lojas.
De acordo com o EIA, os impactes negativos deste projecto advêm, de acordo com o estudo, das «operações de desmatação do terreno, mobilização do solo e alteração da modelação do campo«, que irão decorrer durante a construção do campo de golfe e da área imobiliária.
O EIA prevê que as espécies ecológicas existentes na zona «serão afectadas nos seus habitats« e «as características visuais serão modificadas«.
As actividades de construção deverão perturbar «o nível de ocupação humana, funções de uso do território e qualidade de vida local, embora com carácter temporário«, lê-se no relatório.
A nível social, o EIA alerta para o «significativo« impacte causado pela demolição prevista do edifício de habitação e anexo, «ocupados por uma família de fracos recursos«.
Já durante a fase de exploração, a rega sistemática do campo de golfe e as operações de fertilização e sementeira provocarão a contaminação dos solos e aquíferos.
Entre os aspectos positivos decorrentes da construção do campo de golfe, o EIA realça o «enriquecimento ecológico e paisagístico de uma área que se encontra actualmente profundamente degradada« e «o cumprimento das directrizes estipuladas nos instrumentos de ordenamento do território.« O estudo também elogia a «criação de uma nova dinâmica económica com melhoria da qualidade de vida local«.
O Estudo de Impacte Ambiental, realizado pela empresa «ecossistema« e concluído em 30 de Julho de 2002, estará em consulta pública até 07 de Novembro nas Juntas de Freguesia de Eixo e Esgueira, na Câmara Municipal de Aveiro, no Instituto do Ambiente, em Lisboa e na Direcção Regional do Ambiente e do Ordenamento do Território (DRAOT) do Centro, em Coimbra.
Segundo Margarida Rosado, do Instituto do Ambiente, o EIA irá ser avaliado em Fevereiro de 2002 pelo Secretário de Estado do Ambiente, José Eduardo Martins.
Lusa
(15 Out / 16:26)
|
| |
|
|
|
|
|
|
|
|