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NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| OBSC, 1 - Gafanha, 1
| Taça de Portugal |
| Taça de Portugal - Golo foi pontapé no marasmo
Pouco ou nada convincente
OBSC, 1 - Gafanha, 1
Manuel Zappa
Estádio Municipal de Oliveira do Bairro.
Rui Costa.
Auxiliares: Fábio Nastra e José Rodrigues. Equipa do CA da AF Porto.
OBSC 1 Mário Júlio; Paulo Costa, Hernâni, Rui Costa e Vitinha; Pedro Paula, Tó Miguel, Alexis (Jorgito, 69m) e Pazito I; Miguel Tomás (Óscar Romero, 46m) e David.
Treinador: Hassan Ajenoui.
GAFANHA 0 Mário; Óscar, Isidro, Alfredo e Nuno Santos; Cunha, Hugo, Raul (David, 80m) e Galhano (Pedro, 76m); Frasco (Luís Paiva, 57m) e Sean Cooper.
Treinador: Albano Soares.
Ao intervalo: 0-0
Marcador: Jorgito (74m).
Disciplina: cartão amarelo a Cunha (89m).
O Oliveira do Bairro entrou no jogo determinado, com um futebol enleante e a toda a largura do terreno, argumentos que confundiram na fase inicial a estratégia contrária.
O domínio avassalador dos Falcões, no entanto, durou pouco mais de um quarto de hora, apetecendo dizer que a equipa não utilizou pilhas de longa duração, tal foi o suplício que o jogo conheceu no período complementar.
O Gafanha trazia a lição bem estudada, porém talvez não contasse com a entrada a todo o gás do seu opositor, o que valeu 15 minutos de extremo sacrifício para neutralizar as investidas locais.
Com efeito, a equipa sentiu grandes dificuldades, sobretudo no sector mais recuado, nas marcações, na velocidade dos avançados contrários, nos cruzamentos, mas acabou por passar incólume ao vendaval futebolístico apresentado pela equipa de Hassan.
Tudo isto foi como um ciclone. Enquanto se fez notar, o Oliveira do Bairro praticou um futebol escorreito, mas, mal o efeito passou, a equipa eclipsou-se quase por completo, revelando, diga-se incompreensivelmente, alguma monotonia exibicional e mais grave do que isso, muita cerimónia no capítulo da finalização.
Obviamente o Gafanha que cresceu. Albano Soares corrigiu posições, acertou com as marcações e, paulatinamente, foi sacudindo a pressão e também o respeito ao adversário, o que lhe valeu o controlo quase total do jogo até final da primeira parte. Para isso muito contribuiu a bela exibição de Sean Cooper. Este avançado tobaguenho, com a sua velocidade e espontaneidade no remate, começou a causar calafrios à defesa bairradina, tendo ao terceiro remate proporcionado, aos 33 minutos, a defesa da tarde a Mário Júlio, naquele que podia ter sido o primeiro golo do desafio, embora os Falc tivessem ensejo de marcar por duas vezes, s´´o que em ambos os casos, David mediu mal a baliza de Mario.
No inicio da segunda parte o Oliveira do Bairro desperdiçou soberana oportunidade para abrir o activo, com David, sozinho, a rematar cruzado e fora do alcance de Mario, mas ao lado do poste esquerdo.
Pensou-se que este lance poderia galvanizar os locais, mas tudo não passou de pura ilusao de optica. Tudo porque o seu futebol foi muito previsivel e denunciado.
Por seu lado, Albano Soares montou uma estrategia de contenção, dando a iniciativa do jogo ao adversario, procurando o contra-ataque, que não saiu com a mesma fluidez da etapa inicial. Com estas duas cambiantes, o jogo tornou-se uma autentica pasmaceira e sem qualquer pontos de interesse, o que irritou sobremaneira os adeptos locais com alguns proverbios poucos abonatorios para com o seu treinador.
Aos 74 minutos, Vitinha fugiu pela esquerda e centrou para o segundo poste onde surgiu Jorgito, de cabeça, a dar o melhor seguimento a bola, colocando-a dentro da baliza de Mario. Foi, sem margem para duvidas um pontape no marasmo, não so pelo caminho que o jogo estava a seguir, enfadonho e mal jogado.
Em vantagem, o Oliveira do Bairro manteve a mesma postura, se bem que mais expectante, ao contrario do Gafanha que, tentou no que restava da partida forçar pelo menos o prolongamento. Diga-se que o mesmo esteve perto de acontecer quando em periodo de descontos, Mario Julio, com uma defesa por instinto, nao travasse o remate com selo de golo de Hugo.
A vitoria e a passagem a eliminatoria seguinte acaba por se aceitar. O Gafanha deixou uma boa imagem, sobretudo nos vinte minutos finais da primeira parte, tendo deixado a Taça de Portugal de cabeça erguida.
Boa arbitragem.
Discurso Directo
Hassan Ajenoui, treinador do Oliveira do Bairro:
“Jorgito decisivo”
Tratou-se de um jogo de Taça sem historia. O mais importante era ganhar. O Gafanha mostrou possuir uma equipa muito certa e alguma tranquilidade, dado que não tinha nada a perder.
Ao falharmos golos, o adversario foi crescendo, mas a entrada do Jorgito acabou por ser decisiva. Entrou e marcou. Noto que e muito dificil jogar em casa. Parece-me que a equipa tem que entrar em campo a ganhar 1-0. Com isto quero dizer que os nossos adeptos tem que ter um bocado mais de paciencia com a equipa.
Albano Soares, treinador do Gafanha:
“Golo procedido de duas faltas”
Foi um jogo muito disputado, embora sem grande qualidade. A minha equipa apresentou-se muito bem e pertenceram ao Mario Julio as melhores defesas.
Tivemos o controlo do jogo, mais posse de bola, tendo montado uma estrategia a meio campo que nos permitisse explorar o contra-ataque, o que foi conseguido. So que, o lance do golo foi procedido de duas faltas, o que acabou por influenciar o resultado em prejuizo do Gafanha.
(7 Out / 8:57)
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