Decorreram no sábado, dia 7 de maio, no Centro de Alto Rendimento- Velódromo Nacional, em Sangalhos, as comemorações do Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar (HP), envolvendo mais de 70 atletas de ginástica rítmica, ginástica artística, ciclismo de pista e de karaté.
À semelhança dos anos anteriores, estas comemorações tiveram como lema “Perca o fôlego pela HP”. Estiveram presentes mais de 150 pessoas durante o evento, tendo o almoço de convívio sido servido na Estalagem de Sangalhos.
Enquadradas nas atividades comemorativas, houve conferências, uma visita ao Museu das Caves Aliança, uma aula de relaxamento e demonstrações de vários desportos em simultâneo: ginástica rítmica e acrobática (pela Escola de Ginástica de Aveiro e pela Escola de Ginástica de Bad Düben, da Alemanha), ciclismo de pista (pela Seleção Nacional de Cadetes) e karaté (pelo Núcleo de Karate de Sangalhos).
O evento, organizado pela Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar (APHP) em colaboração com o Grupo Sunlive, contou com o apoio da Câmara Municipal de Anadia e teve como objetivo assinalar o Dia Mundial da HP, uma doença rara e mortal que afeta os pulmões e o coração.
Quem apadrinhou o evento foi Filipa Martins, atleta de Ginástica Artística do Sport Club do Porto e que vai representar Portugal nos Jogos Olímpicos do Brasil já este ano. A atleta refere que “é com muito orgulho que me associo a esta causa tão nobre e que perco o fôlego pela hipertensão pulmonar”.
Sintomas. Teresa Carvallho, colaboradora da APHP, refere que “um dos sintomas mais debilitantes da HP e o que melhor caracteriza esta doença é a falta de ar, o que dificulta muito a realização de tarefas diárias tão simples como caminhar pequenas distâncias ou subir escadas. Todos os anos, no âmbito do Dia Mundial da HP, organizamos atividades desportivas para que os participantes (que são pessoas comuns, saudáveis) se cansem, que percam o fôlego, para que se sintam como um doente de HP se sente habitualmente: cansado, com falta de ar. Para além de ter sido um evento memorável, o Dia Mundial da HP foi uma excelente forma de unir a comunidade de doentes de HP, que vieram de vários pontos do país, e que também nos permitiu divulgar a doença à população local que se demonstrou muito participativa”.
Impacto da doença. Em Portugal existem cerca de 300 doentes diagnosticados com a doença, que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. A APHP acredita que estejam dezenas de casos por diagnosticar, dado que é uma condição que reúne vários sintomas inespecíficos e que tornam o diagnóstico muito difícil. É uma doença que afeta pessoas de todas as raças e idades e que, e não for tratada, a taxa de mortalidade pode ser superior a alguns cancros, como o da mama ou o colo-retal.
Esta doença grave e progressiva pode dificultar as tarefas do dia-a-dia e ter um impacto muito grande na qualidade de vida dos doentes. Existem 5 tipos de HP e cada um afeta de forma diferente os doentes, uma vez que existem várias causas da doença e diferentes formas desta se expressar. Não há cura para esta doença, mas existem várias opções de tratamento que ajudam a controlar a doença: fármacos, terapia com oxigénio e transplante de pulmões (nos casos mais graves).
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