Em ano de “jubileu extraordinário” da Misericórdia, decretado no passado dia 8 de dezembro pelo Papa Francisco, a criatividade de alguns [amigos] artistas vaguenses resultou na exposição “As 14 Obras da Misericórdia”. A mostra, cuja iniciativa é da responsabilidade da mesa administrativa da Santa Casa da Misericórdia local, que assinala o seu 56.º aniversário, pode ser vista no edifício da Biblioteca Municipal João Grave.
Trata-se de um trabalho “dignificante”, que vai dar lugar a um livro, a ser lançado já em março ou abril, disse o provedor daquela instituição. António Paulo Gravato, que na cerimónia da inauguração trouxe a Vagos Mariano Cabaço, responsável pelo departamento do património cultural da União de Misericórdias Portuguesas (UMP), confirmou que a obra incluirá textos sobre “obras de misericórdia”, pedidos a diversas pessoas e entidades, nacionais e locais.
Um dos testemunhos é do atual bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, que saudou a iniciativa da instituição de Vagos, e se fez representar na inauguração pelo Pe. João Gonçalves. De acordo com o vigário episcopal para a Pastoral Social, que na sua intervenção destacou o papel “extraordinário” das misericórdias no país (“temos aqui catequeses verdadeiras sobre bem-fazer”), o bispo diocesano colaborou “com alguns escritos”.
Para além da imagem de “Nossa Senhora do manto de Vagos”, em grés com óxidos e vidrados, da autoria de Cláudia Rocha, os 14 trabalhos que integram a exposição constituem património da Santa Casa da Misericórdia de Vagos. São assinados por Joana Cristina Ribeiro Matos, Artur Dionísio, Maria Susete Sarabando, António José Gonçalves, Sandra Ferro, Bruno O. Gonçalves e Fernando Grave (obras corporais), João Carlos Sarabando, Paulo Graça, Filomena Neves, Paulo Frade, Ângelo Costa, João Almeida e César Mouro (obras espirituais).
Eduardo Jaques
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