rofissionalismo, sentido social e humanitarismo são os três factores, “que se implicam mutuamente”, para uma “conduta responsável na investigação”, disse ontem Luís de Araújo, presidente do Conselho de Ética e Deontologia (CED) da Universidade de Aveiro”, respondendo à pergunta lançada para a sua intervenção no debate realizado ontem: “Ética na Investigação Cientifica. Que responsabilidade para o Investigador?”.
Defende a manutenção destas três características que indicou, mesmo no actual cenário, que designou por “pós-académico ou industrial” num ambiente de “concorrência feroz” e identificando “uma nova figura de cientistas, que é quase um empresário, ocupando o centro da investigação enquanto o académico foi-se esgotando”.
Segundo o presidente do CED, a ciência foi “invadida pelo mercado, o investigador transformado num simples funcionário e o conhecimento produzido está no poder dos bancos de dados”. Sendo assim, questiona: “o que será da curiosidade sem limites, motor da criatividade?“, quando o investigador “é “irresponsável por princípio e por metier”.
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