A cirurgia do ambulatório cresceu, em apenas um ano, 157% no Hospital José Luciano de Castro da Misericórdia de Anadia.
Por isso, o balanço não poderia ser mais animador, revelam a JB Luísa Pais, enfermeira coordenadora do serviço de cirurgia do ambulatório e Pedro Nogueira, enfermeiro diretor daquela unidade hospitalar.
Uma melhoria surpreendente se tivermos em consideração que só em janeiro deste ano a Santa Casa de Misericórdia de Anadia assumiu a gestão do Hospital (até então nas mãos do Estado), tendo como timoneiros, o Provedor Carlos Matos e administradora hospitalar, Maria João Passão.
A verdade é que em meia dúzia de meses já foram investidos, só no bloco operatório, cerca de meio milhão de euros, sendo hoje a dinâmica interna muito maior, o que permitiu atingir números em consultas e cirurgias que há muito não se viam.
Os investimentos em recursos materiais e equipamento de ponta, sobretudo para o bloco operatório, as consultas externas, nas mais diversas especialidades e o vasto leque de clínicos, não passam despercebidos.
Mudança radical na cirurgia. “Houve muitas alterações ao nível de técnicas cirúrgicas e anestésicas com uma qualidade e segurança que vieram possibilitar dar ao doente uma resposta mais eficiente e com mais qualidade e que até agora não era possível dar”, avança Luísa Pais, enfermeira com 30 anos de experiência. E os números não deixam mentir.
Pedro Nogueira admite que o balanço não poderia ser melhor e que a cirurgia do ambulatório (ortopedia, oftalmologia, cirurgia geral e urologia) aumentou substancialmente. “Em 2014 fizeram-se 353 cirurgias do ambulatório e no mesmo período homólogo, em 2015, passamos para 907, o que corresponde a um aumento de 157%”.
O responsável por este incremento está na forma de gestão do hospital: “no passado havia limites na contratação de recursos humanos, por exemplo. Agora, com uma gestão privada, podemos contratar os recursos que precisamos de forma a dar uma resposta com eficiência e qualidade à população”, diz Pedro Nogueira, acrescentando que “assim que esgotarmos a capacidade da primeira sala passaremos a rentabilizar, ao máximo, também a segunda sala do bloco operatório”.
Estando contratualizado com o Estado a realização de 1600 cirurgias e 26 mil consultas por ano, estes dois responsáveis acreditam que, no final de dezembro, o Hospital poderá estar perto de atingir esses números: “é preciso ter em atenção que nos meses de janeiro e fevereiro se estava a recomeçar e o desenvolvimento da cirurgia começou realmente em março”.
(Ver artigo completo na edição em papel)
Catarina Cerca
|