A grande maioria destes refugiados entraram na Áustria através de Nickelsdorf, na fronteira com a Hungria, informa hoje a agência noticiosa austríaca APA. O fluxo de pessoas não abranda e desde as 00:00 de hoje já passaram por aquele local quase mais dois mil refugiados.
Os refugiados distribuem-se por diferentes regiões austríacas, a partir das quais esperam seguir até à Alemanha, o destino preferido pela maioria e onde o acesso tem abrandado desde que foram reintroduzidos os controlos fronteiriços no passado dia 13. Os migrantes chegam à Áustria através da Hungria, tendo as autoridades deste país intercetado entre quinta-feira passada e domingo 23.591 refugiados. Só no domingo este número cifrou-se em6.627, informou hoje a polícia austríaca.
No domingo, quatro comboios com entre 1.500 e 1.800 refugiados cada um chegaram à localidade fronteiriça de Hegyeshalom, de onde os migrantes seguiram a pé até Nickelsdorf.
Gyorgy Bakondi, assessor de Segurança Nacional do Governo húngaro, explicou hoje que na fronteira com a Croácia “há uma pressão constante”, o que requer esforços por parte das autoridades, que, depois de “um controlo rápido” e de um abastecimento mínimo, transportam os refugiados até Áustria.
O Governo húngaro continua a abrir uma vala para fechar a fronteira com a Croácia, como fez há duas semanas com a Sérvia, para travar a chegada de refugiados. O fecho da fronteira sérvia fez com que a rota dos refugiados se tenha desviado até à Croácia, que recebeu desde então 77.000 migrantes que, depois de entrarem no país a partir da Sérvia, foram levados de novo para a fronteira húngara.
A imprensa croata informou hoje que nas proximidades de Dubrovnik, no sul do país, estão a ultimar-se os preparativos de centros de acolhimento para refugiados, prevendo que o fecho da fronteira entre a Croácia e a Hungria provoque a abertura de uma nova rota. Segundo a imprensa, essa nova rota migratória passaria directamente da Macedónia à Albânia e a Montenegro e depois à costa sul da Croácia.
“Não temos quaisquer indícios de que se vá activar essa rota, mas temos de estar preparados para qualquer eventualidade, para não nos deixarmos surpreender”, declarou o ministro do Interior croata, Ranko Ostojic.
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