“Adorei isto. Serviu para deitar tudo cá para fora. Fui ali para dentro e vinguei-me dos nossos políticos”. O sorriso de Lídia, no final da Guerra de Balões de Água que na tarde de ontem animou e coloriu o Cais da Fonte Nova, contagiou todos o grupo que a rodeava. Com a touca branca enfiada na cabeça e pedaços de terra e ervas a salpicarem-lhe a face encharcada – como todo o corpo, diga-se - , a senhora de 68 anos nem precisava de dizer que tinha “adorado” para toda a gente perceber. A mais corajosa da família - “quem era para ter vindo eram as minhas netas e filhas, mas viram assim o tempo e preferiram ficar em casa” - deu por bem empregue o tempo que passou entre gente mais nova, na sua maioria, e será presença certa se o evento regressar a Aveiro.
Antes ainda da primeira “guerra”, a dos mais pequenos, o cheiro a borracha e a terra molhada fazia antever uma tarde animada. Faltava o sol, é certo, mas o Cais da Fonte Nova apresentou-se colorido por mais de um milhar de pessoas, entre participantes e curiosos – e nem contamos com a assistência em muitas das varandas em redor do espaço.
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