Intervenção concluída na frente lagunar de Vagos, e obra entregue ao município local, pela Polis Litoral. O investimento ultrapassou meio milhão de euros, tendo o projeto, que inclui a reabilitação e requalificação do jardim “Quinta do Ega” e do antigo cais dos moliceiros, “Folsas Novas”, sido cofinanciado pela União Europeia, através do Programa Operacional Temático Valorização do Território (POVT).
No decorrer da inauguração festiva, no passado sábado, que contou com a presença, entre outros, de Ribau Esteves, presidente da Comunidade Intermunicipal Região de Aveiro (CIRA), a responsável da equipa da Polis Litoral Ria de Aveiro admitiu que o novo espaço, dotado de melhores condições, paisagística e ambiental, pode vir tornar-se “cartão-de-visita” de todo o território. “Agora mais atrativo, espero que seja usufruído em pleno, pela população e visitantes”, pediu Celina Ramos de Carvalho.
Uma empreitada não isenta de dificuldades, nomeadamente no que diz respeito às obras no cais das Folsas Novas, referiu o presidente da comunidade intermunicipal. Ribau Esteves, que aludiu aos “múltiplos desentendimentos”, entre projetista, empreiteiro, autarquia de Vagos e a própria equipa da Polis, acabaria por confessar que, só com um gesto “patrocinado pela CIRA” foi possível chegar a consenso.
Na sua intervenção, Ribau Esteves reconheceu, ainda, que a requalificação do antigo cais dos moliceiros, dá à ria de Aveiro o “episódio único”de possuir um grande cais de folsas. Preservado por “competência e qualidade”, garante, admitiu o autarca aveirense, uma “relação de urbanidade com valores ambientais, e fruição de momentos de evocação histórico-cultural”.
Dragagem
De difícil execução, foi como o autarca vaguense rotulou a intervenção protagonizada pela Polis. Satisfeito e grato por ter sido possível a conjugação de vontades, na concretização de “objetivos estratégicos fundamentais” para os municípios envolvidos, Silvério Regalado frisou, no entanto, que, no caso de Vagos, os trabalhos “ainda vão a meio”. “O espaço da Quinta do Ega precisa de mais alguns acrescentos”, especificou.
Defendendo ser “urgente e fundamental” que se passe para a “fase 2” do programa Polis Litoral, aquele autarca “avisou” que o município de Vagos estará na “luta”, ainda que liderado pelo presidente da CIRA, a quem Silvério Regalado teceu elogios pela sua “qualidade de trabalho”.
Na perspetiva do presidente da câmara de Vagos, a continuidade dos trabalhos passa pela dragagem da ria, que disse constituir “peça fundamental” para a região de Aveiro. E também pelo modelo de governação da ria.
Neste particular, Silvério Regalado considerou que, entre vários modelos já ensaiados, o Polis da Ria é mesmo “o melhor de todos”. E deixou um propósito: que a referida plataforma “tenha continuidade no futuro, e que seja ainda mais preservado este espaço lagunar que é único”.
Eduardo Jaques/Colaborador
|